Do River Plate ao Benfica, passando pelo Atlanta e pelo Roma, Claudio Caniggia foi decisivo em momentos como a final da Copa do Mundo em 1990, quando a seleção argentina eliminou a equipa brasileira. A velocidade que tinha em campo, herança da carreira no atletismo, valeu-lhe apelidos como "filho do vento" ou "o pássaro".
O jogador de futebol de 52 anos fez 23 jogos com o Benfica, entre 1994 e 1995, onde marcou oito golos pelo clube. Jogou também ao lado de ícones como Diego Maradona e juntos celebraram o golo do jogador no clássico entre as equipas Boca e River com um beijo na boca — reconhecido como "o beijo da alma".
O atacante saiu de campo em 2004, mas nunca deixou de ser notícia — sobretudo devido às acusações da mulher, Mariana Nannis. Este domingo, 25 de agosto, a modelo argentina deu uma nova entrevista onde contou que o ponta de lança mantém uma relação com uma prostituta, Sofia Bonelli, e que ambos estão viciados em droga.
Vamos contextualizar. Há três décadas, Caniggia casou-se com Mariana Nannis, uma modelo argentina. Desta relação tiveram três filhos: Kevin Axel, Alexander Dimitri e Charlotte Chantal. Os problemas entre o casal começaram com as supostas infidelidades do jogador — em 2012 Mariana contratou um detetive privado, uma vez que suspeitava de algumas atitudes do marido. Foi nessa altura que alegadamente descobriu que era traída. Em 2017 abordou publicamente o assunto, dizendo em entrevista que sabia que o marido lhe era infiel.
"Mas já descobriu uma traição?", perguntou a apresentadora de televisão argentina Susana Giménez. "Sei que o Claudio me traiu", respondeu Mariana Nannis, 51 anos. Quando questionada sobre o que fez a seguir, respondeu: "Coloquei as contas em meu nome, gastei dinheiro e outras coisas. Fiz-lhe uma proposta e ele aceitou porque disse: 'Estás a ir embora, vais-me deixar'."
Dois anos depois, Mariana Nannis voltou a sentar-se com Susana Giménez. Agora, além da questão da infidelidade, acusou também o marido de violência doméstica, de consumir drogas e de recorrer a prostitutas.
Estas declarações surgem na sequência de vários rumores sobre uma alegada separação do casal — em julho, fontes próximas ao casal, como o motorista e o advogado do jogador de futebol, tinham afirmado que o casamento tinha chegado ao fim. A imprensa avançava que Caniggia mantinha uma relação com Sofía Bonelli, supostamente amante do ex-jogador de futebol da Seleção Argentina.
Mariana Nannis garante que isto não é verdade: "Não estou separada do meu marido, nem me divorciei. Ele está com uma prostituta, uma viciada, que o mantém drogado o dia todo. Vão todos presos”.
Perante o ar atónito de Susana Giménez, Mariana Caniggia recordou um casamento alegadamente marcado pelo sofrimento. Um dos episódios mais dramáticos aconteceu, de acordo com a modelo argentina, no hotel Faena. O ex-jogador de futebol disse à mulher que tinha um jantar, mas que iria sozinho para que ela "não o incomodasse". Saiu às 21 horas e regressou às 4h30 da manhã. "Quando lhe perguntei porque é que ele estava a chegar àquelas horas, se tinha saído às 21 horas, enlouqueceu."
Segundo Mariana, Claudio Caniggia começou a agredi-la. "Eu fui levada, bati nas paredes, ele disse-me que eu não era ninguém. Depois fui para o quarto, comecei a olhar para uma revista e ele bateu-me com ela, começou a atirar-me a revista para a cara, a dizer: 'Filha da puta, vou-te matar'. Levantei-me como pude, espancada, e fui para a sala de estar." As agressões continuaram.
Quando questionada sobre o porquê de não ter apresentado queixa, a modelo respondeu: "Para quê? Ele conhece pessoas, não há nada a fazer".
De acordo com Mariana, houve vários episódios de agressão ao longo do casamento — e chegou mesmo a mostrar uma foto com golpes no rosto. O alegado vício do marido também foi abordado, com a modelo a garantir que "é muito difícil viver com um viciado". "Eles são muito manipuladores e mentirosos. Estou mentalmente bem, quem está mal é ele. Ele deveria fazer uma rinoscopia [exame ao interior do nariz] e um exame ao sangue, e verificar em que condições é que se encontra".
As polémicas envolvendo a questão do consumo de droga por parte do jogador não são recentes. Em 1993, o avançado esteve afastado dos campos durante 13 meses por alegado consumo de substâncias.