Esta terça-feira, 28 de dezembro, foi marcada pelo segredo mais mal guardado. O Benfica anunciou, pouco depois das 14 horas, que Jorge Jesus estaria de saída do clube várias horas depois de a imprensa ter avançado a notícia logo pela manhã.
Momentos antes da conferência de imprensa com Jorge Jesus e Rui Costa, sem direito a perguntas, o Benfica fez saber, através de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que tinha chegado a acordo com Jorge Jesus para a rescisão do contrato e que Nelson Veríssimo, atual treinador da equipa B, assumiria os comandos até ao final da época.
Na comunicação aos jornalistas, Rui Costa falou de uma decisão que estava longe daquilo o Benfica esperava, mas que era o melhor "para ambas as partes". Já Jorge Jesus disse que a sua vida iria continuar "como sempre".
"Este projeto que abracei com muito coração chegou ao fim. Vim para o Benfica sempre a pensar que era uma solução e não um problema. Para aquilo que são os interesses do Benfica, achei que esta decisão seria a melhor para ambas as partes. A minha vida vai continuar como sempre e foi uma honra ter voltado a esta casa", fez saber o ex-treinador.
Na origem da saída terá estado um desentendimento entre Pizzi e o treinador, que impediu o médio ofensivo de treinar na manhã desta terça-feira no Seixal. O plantel ter-se-á revoltado e defendido o jogador.
Jorge Jesus foi treinador do Benfica entre 2008 e 2015, tendo regressado ao clube da Luz em 2020. Os encarnados encontram-se atualmente em terceiro lugar da Primeira Liga, tendo sido afastado da Taça de Portugal depois da derrota por 3-0 frente ao FC Porto.
O próximo jogo do Benfica está marcado já para a próxima quinta-feira, 30, contra o FC Porto, e contará com Nélson Veríssimo, atual treinador da equipa B, ao comando dos encarnados. Veríssimo assume o comando da equipa no mesmo dia em que se soube que a sua mãe morreu esta terça-feira, 28, vítima de doença prolongada.