Tiros, pedras e garrafas de vidro. Foi assim que os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) foram recebidos na Cova da Moura, na Amadora, quando tentaram travar uma festa ilegal de 200 pessoas em plena pandemia. A denúncia da ocorrência foi feita às autoridades durante a noite de domingo, 18 de outubro, pouco depois da hora de jantar.

Para o local, a PSP destacou uma equipa de intervenção rápida que, assim que chegou ao bairro da Cova da Moura, foi recebida com disparos, bem como arremessos de garrafas de vidro e pedras. Em resposta, foi acionada uma operação no bairro que deverá ter durado até cerca das 23 horas deste domingo. Não há registo de feridos e pelo menos uma pessoa terá sido detida, avança a rádio TSF.

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A festa ilegal acontece numa altura em que Portugal está novamente em situação de calamidade devido ao aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus. As medidas mais rigorosas de contenção entraram em vigor à meia-noite de quarta-feira, 14 de outubro. Além de elevar o nível de alerta para estado de calamidade, o governo voltou a poder adotar sempre que necessário as medidas que se justifiquem para conter a pandemia, desde as questões de circulação a outras.

Deixaram de ser permitidos os ajuntamentos com mais de cinco pessoas, aplicando-se o mesmo em restauração e os eventos de natureza familiar, como casamentos ou batizados — que agora vão estar reduzidos a um máximo de 50 participantes. Outra das medidas passa por proibir, nos estabelecimentos de ensino, todos os festejos e praxes académicas.

Neste domingo, Portugal registou mais 19 mortes e 1.856 novos casos de infeção.