85% da população portuguesa está vacinada com pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19. Os dados foram revelados este domingo, 5 de setembro, pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas. "Hoje é um dia importante para todos nós. 85% da população portuguesa tem uma dose da vacina e esse é um resultado que devemos todos, enquanto povo, estar bastante orgulhosos", salientou Graça Freitas em entrevista à SIC Notícias.

De acordo com a responsável pela Direção-Geral da Saúde, há agora, como sempre, "algum cuidado em encarar o outono e o inverno", que caracteriza como estações de "grande stresse em termos da saúde", devido à circulação de vírus respiratórios, mas salientou que, este ano, ao contrário do que aconteceu em 2020, a maior parte da população vai estar imunizada contra a COVID-19, o que torna o cenário diferente.

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Graça Freitas falou ainda de três cenários pensados para enfrentar os próximos meses. De acordo com a diretora-geral da Saúde, o primeiro, e melhor, é aquele no qual a realidade seja " uma tendência estável e decrescente" da pandemia — tal como no presente —, em que a variante Delta é a dominante e a vacina não perde a sua eficácia. 

"O cenário a seguir é aquele em que pode acontecer uma subida lenta do número de casos porque a vacina pode ir perdendo o seu efeito ao longo do tempo, mas ainda sem uma nova variante. Será um cenário de subida, mais casos, provavelmente, mas mais casos ligeiros do que graves", adiantou a diretora-geral em entrevista à SIC Notícias. 

O "cenário pior, que não está fora de questão, é poder existir uma nova variante e essa (...) vir colocar desafios ao estado que temos de grande percentagem de população vacinada e imunizada", acrescentou.

Relativamente à possibilidade de vir a ser administrada uma terceira dose da vacinada a grupos vulneráveis, como é o caso dos idosos, Graça Freitas adiantou que a farmacêutica Pfizer submeteu, nos últimos dias, o pedido para aprovação deste reforço de imunização à Agência Europeia do Medicamento.

"Teremos de esperar que o regulador nos diga se sim, se não. De qualquer maneira, estamos a fazer o trabalho de casa em duas frentes: a científica, que vai acompanhando toda a evolução, e a logística. Continuamos a adquirir vacinas para um cenário de ser necessária a terceira dose ou de reforço", afirmou, citada pelo "Jornal de Notícias".