Ao longo dos próximos dias espera-se que o governo de António Costa formalize um novo protocolo, firmado em conjunto com as associações de lojistas, para permitir que, este ano, os prazos para a devolução de presentes de Natal seja alargado, avança o "Correio da Manhã" citando fontes ligadas ao processo. O objetivo é dar entre mais 30 a 45 dias para as devoluções serem feitas, tendo em conta a evolução da situação epidemiológica no País.

A nova medida implica que os consumidores passarão a ter pelo menos até ao final de janeiro para fazer as suas devoluções enquanto que, até aqui, uma compra feita a 1 de dezembro só poderia ser devolvida até ao final do mês. Para que seja possível aos consumidores identificarem de forma imediata quais as lojas que vão aderir a este protocolo — uma vez que não será obrigatório —, estas estarão devidamente identificadas com um selo de confiança e segurança à entrada do espaço comercial, avança a mesma publicação.

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A implementação deste novo protocolo permitirá não só incentivar a antecipação das compras de Natal, mas também evitar ajuntamentos que continuam a ser o principal veículo de contágio do novo coronavírus em comunidade. Ainda não se sabe exatamente quando é que a medida será anunciada, mas o Ministério da Economia admite, em declarações ao mesmo jornal, estar a trabalhar no diploma e ter medidas para anunciar "em breve".

Já Miguel Pina Martins, da Associação de Marcas de Retalho, diz que "tudo o que seja para incentivar a antecipação das compras é positivo para dar um sinal de confiança aos consumidores e evitar uma catástrofe nas vendas do Natal", à mesma publicação.

Devido ao aumento do número de casos de infeção por COVID-19 em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a uma maior reflexão por parte dos portugueses antes de serem marcados convívios e grandes ajuntamentos entre amigos e famílias. Mas foi ainda mais longe ao dizer que, caso fosse necessário, ter-se-ia de repensar o Natal em família.

"É preciso que se faça um esforço na convivência entre pessoas e que as pessoas pensem o que é que isso significa. É preciso repensar o Natal em família, repensa-se o Natal em família. Não pode ser um Natal com 100 pessoas, com 50 pessoas, com 30 pessoas, divide-se o Natal pelas várias componentes da família", referiu o Presidente da República.