O Juízo de Instrução Criminal de Santarém acolhe esta quinta-feira, 23 de fevereiro, a fase instrutória que resulta do processo que envolve o acidente na A1, que vitimou Sara Carreira, em dezembro de 2020. A fadista Cristina Branco e o ator Ivo Lucas são acusados de homicídio negligente.
Dois anos depois do acidente, é concedido o pedido de abertura do caso pelos pais da cantora, Fernanda Antunes e António (Tony) Carreira, e ainda por Cristina Branco e Tiago Pacheco, outro dos condutores envolvido no acidente.
Para além dos intervenientes já acusados, os pais insistem que Paulo Neves, um homem que também participou do acidente, acusando uma taxa de álcool no sangue de 1,18 gramas por litro quatro horas após o acidente, e que conduzia a uma velocidade abaixo da mínima permitida por lei no que diz respeito à condução em autoestrada, também deve ser indicado por homicídio negligente.
A fadista Cristina Branco discorda da decisão de ilibar Paulo Neves do crime de homicídio negligente, para além de não entender o motivo do tribunal não indicar o mesmo para o crime de condução sob o efeito de álcool, escreve a "SIC Notícias".
Tiago Pacheco, acusado de duas contraordenações, uma grave e uma leve, e ainda de condução perigosa, argumentou que não foi notificado para o pagamento voluntário de coima por contraordenação grave, e que as peritagens desenvolvidas no âmbito do acidente não concluíram que conduzia a 140 quilómetros/hora, conforme a acusação, e que o mesmo nega.
Para além disso, afirma ter efetuado um pedido à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) para um processo independente de contraordenação, do qual se irá defender.
Conforme requisitado pela mesma, Cristina Branco será a primeira a prestar declarações, juntamente com uma testemunha sua, o compositor Nuno Rocha, proprietário do automóvel que a fadista conduzia aquando do acidente, e ainda companheiro da mesma.
Cristina Branco é acusada de crime de homicídio negligente e duas contraordenações graves, Ivo Lucas, de homicídio negligente e duas contraordenações (uma leve e uma grave), Paulo Neves de um crime de condução perigosa e três contraordenações ao Código da Estrada (uma leve, uma grave e uma muito grave), e por último, Tiago Pacheco, acusado também de um crime de condução perigosa e duas contraordenações (uma leve e uma grave).