A PSP encontrou uma creche ilegal no interior de um salão de cabeleireiro, na Amadora. A fachada fazia querer que ali funcionava apenas um cabeleireiro, mas no interior estavam 16 crianças com idade compreendidas entre os três meses e os 10 anos, sem condições de higiene e sem áreas adequadas para dormirem.

A denuncia foi feita por um agente da PSP, que também fez parte da investigação. Alertado pelo choro de uma criança, acabou por entrar no espaço e encontrar a creche ilegal com condições degradantes. As crianças passavam o dia na cave, apenas tinham uma casa de banho, que se localizava no piso superior onde se encontra o salão que já não estava em funcionamento. Por este motivo, as crianças faziam as necessidades em baldes e não tinham áreas adequadas para descansar.

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Os agentes realizaram uma rusga acompanhados por inspetores da segurança social e técnicos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). O caso já teria sido denunciado à segurança social, mas ainda não tinha sido tomada nenhuma diligência.

Ermelinda Melo, dona do negócio ilegal, explicou ao Correio da Manhã que arrendou o antigo salão há dois meses e que as crianças eram bem tratadas. Acrescentou que vai continuar a cuidar delas, porque os “pais precisam”. A proprietária de 48 anos cobrava em média 60€ mensais aos pais, no entanto uma mãe assumiu que não pagava mais de 40€.

A PSP alertou os pais para que fossem recolher os seus filhos e aperceberam-se que a responsável do espaço nem sequer tinha os contactos de todos os responsáveis.

O caso já foi comunicado ao Ministério Público.