O novo formato de matrículas entrou em vigor a 2 de março e, desde então, já foram atribuídas a mais de 105 mil novos veículos. No entanto, e porque agora permitem a inclusão de dois conjuntos de letras — para garantir uma duração até 2065 das chapas —, não serão usadas combinações “que possam formar palavras ou siglas que se entenda dever evitar”.

Quem o diz é o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que explica que há uma regra para a exclusão de combinações de palavras que possam ser consideráveis incómodas, ofensivas e pouco desejáveis.

O algoritmo responsável pela criação destas matrículas está devidamente programado para impedir a utilização simultânea de vogais no fim do primeiro e do segundo conjunto de letras e a exceção só deverá acontecer quando qualquer um dos dois grupos registar uma vogal repetida, explica a entidade ao jornal “Expresso”.

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Isto permite evitar a formulação de palavras obscenas ou incómodas como “rabo” ou “pila”. Só que, no processo, perdem-se outras combinações inócuas como “rato”, “pato”, “peru”, “bola”, “bolo”, entre outras.

Isto significa que este modelo de matrículas que permitiria uma validade do modelo até aos 74 anos, irá fixar-se nos 45 anos, adianta o mesmo jornal. As novas chapas também não vão poder ter qualquer ponto ou traço a separar letras e números. A explicação é simples.

“Tendo presente as dimensões do tipo de caracteres no fabrico das chapas, verificou-se que algumas combinações do novo formato que incluam mais do que uma das letras mais largas não teriam espaço suficiente para a sua inscrição”, explica fonte do IMT ao mesmo jornal.

Esta novo modelo permite também que as matrículas de Portugal estejam em concordância com o que já acontece nos restantes países da União Europeia — onde já não existem matrículas com separação por traços.