Na noite desta terça-feira, 26 de janeiro, o Hospital Amadora-Sintra viu-se obrigado a transferir 53 doentes para outros hospitais devido a uma falha na rede de oxigénio. Esta quarta-feira de manhã, 27, o hospital informa que a rede de oxigénio medicinal já se encontra "a funcionar de forma estabilizada e dentro de padrões de segurança, mantendo-se a monitorização permanente do seu fluxo". 

Em comunicado, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) informou que "não está em causa, como nunca esteve, a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede, dado que os constrangimentos estavam relacionados com a dificuldade existente em manter a pressão."

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"De igual modo, em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência, tendo as flutuações da rede sido colmatadas com recurso a garrafas de oxigénio, envolvendo a mobilização de vários profissionais, cujo esforço se enaltece e agradece publicamente", acrescenta ainda o mesmo documento partilhado na rede social Facebook.

Foram 53 os doentes que tiveram de ser transferidos para outras unidades de saúde da região de Lisboa —  "com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito" —  às quais o Hospital Amadora-Sintra faz questão de agradecer. "O HFF gostaria também de dar público agradecimento às corporações de bombeiros, INEM e empresas privadas que permitiram transferir os doentes num tempo relativamente curto. Este verdadeiro funcionamento em rede, envolvendo várias entidades, permitiu dar uma resposta exemplar a uma ocorrência extremamente desafiante", pode-se ainda ler no comunicado.

Atualmente, o Amadora-Sintra é o hospital da região de Lisboa com mais doentes COVID-19 internados. Esta terça-feira eram 363 o número de internados "registando-se um aumento de 400% desde 1 de janeiro", sendo que muito destes doentes "necessitam de oxigénio medicinal em alto débito".

O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca informa ainda que "tem já em curso um conjunto de obras para reforço da rede de fornecimento de oxigénio" nas áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras. O reforço desta infraestrutura tem em vista "melhorar a capacidade de resposta a eventuais necessidades de aumento do consumo".