A partir do dia 1 de novembro, Portugal terá uma nova Diretora-Geral da Saúde, que vem substituir Graça Freitas. Rita Sá Machado foi nomeada pelo ministério na terça-feira, 17 de outubro, e voa de regresso a Portugal depois de ter integrado a equipa de missão permanente de Portugal junto dos Organismos e Organizações Internacionais das Nações Unidas, em Genebra, Suíça.
De acordo com o comunicado feito pelo Ministério da Saúde, citado pelo “Expresso”, a médica de 36 anos formou-se em Medicina de Viagem e Populações Móveis pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo também um mestrado integrado em Medicina pela Nova Medical School e é mestre em Saúde Pública pela London School of Hygiene and Tropical Medicine.
No entanto, o currículo não acaba aqui. Rita Sá Machado possui ainda uma pós-graduação em Gestão na Saúde pela Católica Porto Business School e uma pós-graduação em Educação Médica pela Harvard Medical School.
Especialista em saúde pública, trabalhou como médica no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, exerceu funções na área da Saúde Pública da Direção-Geral da Saúde e ainda nas administrações regionais de Saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo.
Ainda antes de começar a exercer em Genebra, no cargo de conselheira, a médica foi conselheira de Migração e Assuntos Humanitários no Ministério dos Negócios Estrangeiros e, durante a pandemia da COVID-19, ocupava a chefia da divisão de Epidemiologia e Estatística da Direção-Geral da Saúde.
Rita Sá Machado é a terceira mulher a ocupar o cargo mais elevado da DGS, depois de Maria Luísa Van Zeller, entre os anos 1963 e 1971, e Graça Freitas, que se reformou este ano. O concurso para a substituição teve de ser repetido por não existirem três candidatos com todas as condições para integrar a lista a apresentar ao Ministro da Saúde, a quem cabe a escolha, de acordo com o “Público”.
A nova Diretora-Geral tem agora pouco menos de quatro meses para apresentar os seus objetivos estratégicos, para além das metas relevantes que quer atingir, que irão monitorizar a sua atividade, aprovadas ou não pelo Ministro da Saúde.
No comunicado já citado, o Ministério da Saúde adianta que será aberto um novo concurso para o cargo de subdiretor-geral da Saúde, que continuará a ser exercido, em regime de substituição, por André Peralta Santos.