Numa altura em que já quase todas as empresas regressaram ao regime de trabalho presencial, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, admitiu que o teletrabalho pode voltar a ser obrigatório, caso os números da pandemia se agravem.
"Como sempre, vamos avaliando e implementando a cada momento as medidas que sejam necessárias. Essa tem sido, aliás, a atuação permanente que temos feito. Sempre em diálogo permanente e com as indicações que temos por parte da Saúde, em função dos níveis de risco", disse Ana Mendes Godinho durante a Conferência Internacional sobre Colaboração e Governação Integrada, realizada esta segunda-feira, 15 de novembro, na Gulbenkian, em Lisboa, cita o "Jornal de Notícias".
Durante a conferência, a ministra mostrou-se ainda preocupada com o aumento do número de casos nos lares de terceira idade. "Os lares refletem a evolução da pandemia que acontece a nível geral. Estamos sempre a acompanhar o número de surtos ou de situações que exijam uma preocupação ou uma resposta rápida", disse, citada pela Rádio Renascença, mostrando-se ainda satisfeita com o facto de todos os utentes terem recebido já a terceira dose da vacina contra a COVID-19. "Relativamente aos lares, todos os utentes foram considerados prioritários no reforço da vacinação. Neste momento, o processo está concluído, o que também ajuda a ter alguma proteção adicional", afirmou.
Este domingo, 14, soube-se que a Alemanha está a preparar o regresso maciço ao teletrabalho segundo um projeto de lei do governo para deter uma nova vaga da pandemia da COVID-19.
O regresso da norma do trabalho no domicílio surge na sequência do aumento “inquietante” dos números de novos casos diários e de mortes, desde outubro, num país em que a taxa de vacinação atinge apenas 67%, lê-se na notícia avançada este domingo o jornal "Público".