O blackface era uma prática comum no teatro no século XIX, e consistia em cobrir o rosto com o carvão da cortiça para interpreta, de forma exagerada, personagens afro-americanas. Hoje em dia a semelhança de alguns produtos à blackface é considerada racista, e já obrigou algumas marcas a retirarem os seus produtos — foi o caso de Katy Perry, que teve de remover uma coleção de sapatos das lojas, e da Gucci, que tinha lançado uma sweater preta com uns grandes lábios vermelhos.
O próximo alvo são as máscaras de beleza de carvão. Utilizadas para remover impurezas e limpar os poros, bem como hidratar a pele, agora estão a ser associadas ao racismo. No Twitter, vários utilizadores estão a opor-se à sua utilização. Além das semelhanças com a blackface, há quem garanta que há uma mensagem escondida: com o rosto coberto pela máscara, parece um negro disfarçado; quando retira o produto, volta à sua pele imaculadamente branca.
Outra pessoa escreveu: "Quando a tendência da máscara surgiu, tenho de admitir que assumi que algumas pessoas publicaram fotos simplesmente porque é uma reminiscência da Blackface".
Houve também quem tenha assumido ter comprado uma destas máscaras, mas que mal a pôs, rapidamente a tirou porque pensou ser "racista". Como solução, tem comprado máscaras de chá verde.
De acordo com a "SioBeauty", a razão pela qual as máscaras são negras é porque ativaram o carvão vegetal como um ingrediente. Aparentemente, ele ajuda a atrair "bactérias, toxinas, substâncias químicas, sujidade, óleo e outras micro-partículas para a superfície da pele".
O ingrediente está a ser usado em muitos produtos, como por exemplo pasta de dentes.