Há mais de 70 anos, que anualmente cerca de dez mil mulheres participam no concurso internacional de beleza feminina, Miss Universo. Este número de mulheres que pretende melhorar as suas vidas a nível pessoal, profissional e de liderança pode vir a aumentar significativamente, por causa das novas regras.

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A partir do próximo ano, o concurso vai mudar os critérios de inscrição. As mulheres que participarem no concurso poderão ser mães, casadas, divorciadas, avança o jornal “The National”. Até agora, só era permitida a participação de mulheres solteiras entre os 18 e os 28, que nunca tivessem sido casadas nem tivessem filhos. Em relação ao limite de idade, não foi esclarecido de forma direta se continuará a ser um critério.

Nós acreditamos que as mulheres devem ter a gestão das suas próprias vidas, e que uma decisão pessoal de um ser humano não deve ser uma barreira para o sucesso”, explica a CEO Amy Emmerich em comunicado, a que o jornal “The National” teve acesso.

O concurso Miss Universo é promovido pela Miss Universe Organization, que trabalha para elevar o poder das mulheres, criar novas oportunidades e quebrar estereótipos. Ainda assim, apenas em 2023 é que o concurso evolui para aceitar todas as mulheres,

As novas regras entram em vigor a partir de 2023, a 73º edição do concurso. Para a edição deste ano, os concursos locais já se realizaram. As mudanças dos critérios de inscrição surgem depois da organização ter feito uma análise da opinião do público sobre os critérios nas candidaturas.

Os critérios de candidatura das mulheres para o concurso de beleza já tinham sido questionados. Em 1999, uma das perguntas feitas à vencedora de Botswana foi: “Se a Miss Universo engravidasse durante o seu reinado, deveria ser-lhe permitido continuar a deter o título?”.

A modelo e ativista, Mpule Keneilwe Kwelagobe respondeu: “Pessoalmente, penso que a Miss Universo é um símbolo da mulher, da celebração da sua feminilidade e creio que se engravidasse isso não iria ter consequências naquilo que tem de fazer. Acredito que, como mulher, deve celebrar a sua feminilidade.”