Ana Garcia Martins e Ana Marta Ferreira são duas das concorrentes do “Hell’s Kitchen Famosos”, que estreia já no próximo domingo, dia 8 de outubro. A humorista e a atriz marcaram presença na gala dos Globos de Ouro este domingo, 1 de outubro, e falaram sobre esta experiência e sobre como foi trabalhar com Ljubomir Stanisic.
“Tendo em conta que eu não sei cozinhar é um bocadinho arrojado enfiar-me num programa cuja premissa é saber cozinhar, precisamente. É um programa que vai premiar quem sabe cozinhar melhor, portanto eu já comecei derrotada logo à partida”, disse A Pipoca Mais Doce em entrevista aos jornalistas, confessando que, apesar de se ter divertido “muito”, não saiu do programa a cozinhar melhor.
“Aquilo são técnicas muito exigentes, aquilo é tudo muito difícil. Se eu já mal me dou com a minha cozinha, imagina com uma cozinha industrial onde há coisas que eu nunca tinha visto (...) podiam estar num museu de tortura, e são coisas que eu olho para aquilo e não faço ideia para que é que servem”, contou.
Ana Garcia Martins admitiu ter aceitado este desafio por ser “inconsciente”. “Isto no fundo é mais ou menos como tudo o que eu faço na vida. Atiro-me para as coisas, porque acho que ponho sempre o fator diversão acima de tudo. Eu penso: ‘vou-me divertir? E vou aprender?’, e de facto aprendi alguma coisa, [mas] agora não ponho nada em prática”, revelou. “Gosto de sair da minha zona de conforto e fazer coisas que não faço habitualmente, mesmo não tendo assumidamente nenhum talento para elas”, acrescentou.
Para A Pipoca Mais Doce, o mais difícil do programa foi “aturar o Ljubomir”, conforme disse entre risos, e o facto de haver “pessoas que cozinham muito bem”, que “têm técnica” e “gosto pela cozinha”. “Aquilo é um concurso. Apesar de nos termos dado todos muito bem, sermos amigos e tudo mais, é um concurso e ao final do dia toda a gente quer fazer boa figura e ninguém quer ser expulso”, disse, acrescentando que apesar de ser “competitiva” tem “noção” das suas “limitações”.
A humorista adiantou que a sua prestação no “Hell’s Kitchen Famosos” foi um “misto entre passar pelos pingos da chuva e não fazer assim uma figura muito triste”. A sua “tática” no programa foi “parecer sempre ocupada”.
“Nem que fosse andar a correr com qualquer coisa na mão, uma faca, uma panela, ia imenso à despensa buscar coisas. Eu acho que se uma pessoa estiver sempre em movimento numa cozinha já parece que está efetivamente a fazer alguma coisa, portanto eu apostei muito nisto, que é para depois não dizerem ‘ah, não faz nada, era a planta da cozinha’ e eu percebo de plantas em reality shows”, revelou, acrescentando que foi “muito forte” em “fingir que fazia coisas”.
Quanto à sua relação com Ljubomir Stanisic, afirma ser “tensa”, já que o chef bósnio é “extremamente exigente”. “Acho que ele teve um bocadinho de pena de nós, porque pensou ‘ok, eles não são cozinheiros profissionais’. Eu estou desconfiada que ele todos os dias de gravação enfiava uns quantos calmantes no bucho para nos aturar e para não se passar connosco, porque eu reconheço que deve ser difícil para alguém que faz daquilo vida”, refletiu.
Ana Garcia Martins revelou que Ljubomir começava os programas “meio zen”, mas que “escalava depressa” e que ia dos “zero aos 120 muito rápido”. “Acho que, pelo menos, foi democrático e gritou com toda a gente. Pelo menos nisso ele foi igual para toda a gente. Não houve ali preferidos”, brincou.
A humorista revela que o programa não mudou a sua relação com a cozinha e que esta é apenas “uma divisão” da sua casa onde recebe “comida de outros sítios já preparada para comer”.
A MAGG também falou com Ana Marta Ferreira, que dá vida a Bárbara na novela “Sangue Oculo”, na SIC, e que também é uma das concorrentes do “Hell’s Kitchen Famosos”. Quanto à experiência, a atriz revela ter sido “uma surpresa gigante”.
“Na verdade eu acho que ninguém estava à espera da intensidade daquilo, só que foi uma grande surpresa, porque no final de contas entregamo-nos todos imenso. Portanto acabou por ser uma experiência do caraças”, contou.
"Achava que já sabia cozinhar muito bem até ter ido para o ‘Hell’s Kitchen’”, disse a atriz. "Sempre cozinhei, a minha mãe sempre cozinhou, a minha irmã também. Tenho um filho, portanto tenho de alimentá-lo, mas acho que o ‘Hell’s Kitchen’ deu-nos uma noção muito diferente do que é saber cozinhar”, afirmou.
Quanto ao saber lidar com o feito do chef bósnio, Martinha, como é conhecida, garantiu ter sido “épico”. “Eu amei-o, ele é muito fixe. Pronto, tem aquele feitio mais peculiar, mais exigente, ma acho que ele mesmo connosco teve ali uma grande aprendizagem, porque não éramos cozinheiros profissionais. Nunca falou connosco da mesma forma que fala com eles, porque a exigência também é diferente”, avançou.
A atriz apenas descobriu “a meio” das gravações que este formato com famosos é uma estreia mundial, quando viu o “produtor deste programa lá de fora”, já que era “a primeira vez que estava a acontecer”. Para Ana Marta Ferreira “foi um privilégio participar nesta edição”.