Melissa Viviane Jefferson, mais conhecida por Lizzo, está a ser processada por três ex-dançarinas — Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez —, que alegam que a cantora criou um ambiente de trabalho hostil e que foram forçadas a fazer coisas que não queriam.

No processo, que deu entrada no tribunal de Los Angeles esta terça-feira, 1 de agosto, acusam a artista de 35 anos de discriminar incapacidades, praticar assédio sexual, assédio religioso, assédio racial, criar um ambiente de trabalho hostil e de não travar ou prevenir os problemas mencionados.

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Depois de as três ex-dançarinas se chegarem à frente, uma quarta veio apoiá-las, bem como uma realizadora que, originalmente, iria trabalhar com Lizzo na produção de um documentário. Sophia Nahil Allison passou algum tempo com Lizzo em 2019 para as gravações.

"Afastei-me depois de duas semanas. Fui muito desrespeitada por ela. Testemunhei o quão egocêntrica, arrogante e má ela é", contou, citada pelo "Daily Mail". Courtney Hollinquest, que também foi dançarina de Lizzo, mas que não faz parte deste processo, quis elogiar "as dançarinas que tiveram a coragem de trazer isto a público".

"Só alguns sabem pelo que passámos", reforça. Alegadamente, Lizzo terá forçado as ex-dançarinas a simularem atos sexuais com uma banana num clube de strip em Amesterdão, bem como de encorajar uma delas a tocar nas mamas de uma das mulheres que lá trabalhava.

Seria comum a cantora "convidar membros do elenco a tocarem, à vez, em dançarinos nus". O trio afirma também que Lizzo as levou a um bar em Paris sem avisar que se tratava de um cabaré com atuações de pessoas nuas. E as acusações das ex-dançarinas, que dizem que chegavam a ensaiar durante 12 horas seguidas, não ficam por aqui.

Contam que Lizzo terá ordenado à segurança para que confiscasse os telemóveis das dançarinas (que depois despediu) e que comentava o peso delas de forma negativa. "Em privado, ela fá-las sentirem-se mal pelo peso e diminui-as de uma forma não só ilegal como imoral", diz a advogada que representa o trio, Ron Zambrano, citada pelo "Daily Mail".

Uma das imagens de marca da cantora de 35 anos é precisamente o movimento "body positivity", ou seja, encorajar as pessoas a aceitarem o corpo que têm, sem ligar às normas impostas pela sociedade, que tentam definir o que é (e não é) bonito. A cantora ainda não se pronunciou em público sobre este processo.