Fernando Luís pode já ter 63 anos e uma panóplia de outros grandes papéis no seu currículo, mas será sempre conhecido como o inspetor Jorge Mendes, o protagonista da série "Inspector Max", da TVI. Embora tenha começado a ser transmitido originalmente em 2004, até mesmo os mais novos vibram com este projeto da ficção, já que até hoje a estação de Queluz de Baixo continua a passá-lo em antena. E é precisamente por isso que o ator já recorreu à Justiça.
O artista está a manifestar-se porque o sucesso que a série fez (e continua a fazer) não é diretamente proporcional àquilo que cai na sua conta bancária. "Recebemos muito pouco em direitos conexos. O tema foi discutido e ainda fomos a tribunal, mas cada vez que toco no assunto a conversa é desviada", contou o artista, em entrevista à "Boa Onda", do "Correio da Manhã", citado pelo "Vidas".
Trocado por miúdos, a lógica dos direitos conexos é a seguinte: sempre que um artista grava alguma coisa e esse conteúdo é usado, essa mesma pessoa tem direito a uma remuneração, que deve ser proporcional ao benefício que o utilizador retira do uso desse mesmo conteúdo, segundo o site da Câmara Municipal de Lisboa.
"Acabo por não perceber o que se passa porque a série continua a passar", acrescenta ainda Fernando Luís, citado pela mesma publicação. "Mas eu recebo mais direitos conexos pelas dobragens do que pelo ‘Inspector Max’", acrescenta o artista, que já concedeu a sua voz a personagens de inúmeros filmes de sucesso, como "O Rei Leão", "Pocahontas" e "Monstros e Companhia", por exemplo.
Em 2004, a série "Inspetor Max" instalou-se na TVI para dar a conhecer as investigações de Jorge Mendes, que levava consigo para o Departamento de Investigação Criminal de Setúbal o seu cão Max. A série esteve no ar até 2006, continuando a ser transmitida na televisão até aos dias de hoje. O sucesso foi tanto que, em 2016 e 2017, teve novas temporadas.