Juliette Freire, 34 anos, popularizou-se ao participar e vencer o “Big Brother Brasil”, em 2021, com 90,15% dos votos. Durante o reality show, os cerca de três mil seguidores no Instagram tornaram-se em quase 24 milhões e, atualmente, conta com 30,7 milhões.

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Depois do programa, dedicou-se à música e lançou um EP homónimo no mesmo ano, com seis temas, que contou com 6,5 milhões de reproduções no dia em que saiu. Em 2023, lançou o álbum “Ciclone”, que conta com os êxitos “Sai Da Frente” e “Tengo”.

No sábado, 23 de janeiro, a cantora atuou no “Dança com as Estrelas”, na TVI, onde se estreou internacionalmente. Além disso, anunciou que vai lançar uma música com David Carreira, “Vida Boa”, em fevereiro.

Em entrevista à MAGG, Juliette falou sobre a experiência agridoce de participar no reality show, o percurso na música, contou como lida com as polémicas em que se vê envolvida, o susto de saúde que apanhou e a recente relação com Kaique Cerveny.

Leia a entrevista.

A Juliette popularizou-se ao participar e vencer o “Big Brother Brasil”, em 2021. Que oportunidades é que este reality show lhe deu até agora?
Inúmeras, em todos os sentidos, mas acho que a principal delas é a de ter uma voz, ser ouvida, respeitada, poder defender as minhas ideias, tudo o que eu acredito. Oportunidades de trabalhar com música, de desenvolver todo esse lado artístico, numa vitrine muito grande que o programa traz, essa visibilidade. De ser reconhecida e ter essa credibilidade, poder fazer publicidades com marcas que acredito, que se conectam com a minha verdade, e oferecer isso ao meu público. Sei lá, tudo, tive várias oportunidades, principalmente de poder dar voz ao que eu acredito.

Porque é que decidiu participar no programa?
Eu sempre gostei muito do programa, sempre assisti e ficava brincando e me imaginando lá. Era algo utópico, não era algo que eu tinha como objetivo de vida. Eu tinha outros planos de estudar, sou advogada e maquilhadora, e tinha outros projetos de vida. O “Big Brother” era uma diversão. Depois de um tempo de várias pessoas falarem para mim: ‘se inscreve, você é muito carismática’, eu falei: ‘está bom, vou-me inscrever’. E foi o dinheiro, é claro, eu estava precisando muito do prémio. Eu falei: ‘eu vou lá, vou ganhar um dinheiro, volto, abro um salão, ajudo minha família e continuo estudando para concurso público'. Este era o meu projeto.

Ganhou com mais de 90% dos votos do público. Alguma vez esperou ganhar e ter tanta gente a apoiá-la?
Não, eu no início imaginava que já tinha metido os pés pelas mãos, tinha feito besteira e que talvez estivesse cancelada. Depois pensei que estava okay, que as pessoas não me odiavam, mas que a Camilla de Lucas, que era uma amiga minha no reality, era a favorita e eu só estava indo até ao final porque era amiga dela. Em nenhum momento eu pensei que o Brasil estava me abraçando dessa forma.

A Juliette foi bastante incompreendida pelos colegas na sua edição e até afirmou ter-se sentido humilhada. Como descreve essa experiência?
Foi muito difícil, porque eu sempre fui uma pessoa de muitos amigos, minha família é numerosa, então eu sempre estava em sociedade e em coletividade. E era fácil para mim, tanto é que na seletiva, nas etapas antes de entrar, eu falava: ‘eu vou entrar de letra, porque eu sei lidar com pessoas diferentes, são muitos irmãos, primos, e eu sei me conectar com cada um’.

Nada. Eu chego lá, e pelo contrário. Fui desprezada, as pessoas não queriam falar comigo e não tinha uma razão concreta, só não me davam atenção, pelo contrário. Não gostavam muito de mim. Foi muito difícil, eu tive de me conectar como individualidade e eu não estava acostumada com isso. Eu me perdi, porque foi a primeira vez que me vi sozinha em todos os sentidos e sendo observada. Me perdi na primeira semana, surtei, fiquei muito mal psicologicamente, dias e dias sem dormir, chorava, falava sozinha, via coisas. Quando eu vi que estava tudo perdido, voltei e foi aí que consegui retomar as forças e seguir.

Na edição que está a decorrer agora do “Big Brother Brasil”, a influenciadora digital Vanessa Lopes desistiu por não estar bem psicologicamente. Dentro deste programa, é fácil os concorrentes ficarem afetados?
Certeza absoluta. Todos têm 90% de chances de não ficar bem, na verdade, ficar bem é uma exceção ali. O psicológico tem de ser muito forte, é muito difícil psicologicamente. Isso já aconteceu muitas vezes. O Lucas, na minha edição, saiu também, em outras edições outras pessoas não ficaram bem e saíram.

Juliette sobre o "BBB": "Todos têm 90% de chances de não ficar bem, na verdade, ficar bem é uma exceção ali"

Chega um momento em que é insuportável, quando você não está bem. Algumas pessoas chegam nesse pico de stress, como foi o caso da Vanessa, por questões individuais e acho que só cabe a ela e a médicos identificarem isso. Comigo aconteceu de forma diferente, talvez porque eu tinha 31 anos na época, já tinha vivido outras coisas, então tínhamos estruturas e histórias diferentes. Mas eu passei coisas também muito duras. Acho que o normal é passar por isso, a exceção é ficar bem num programa de confinamento e de conflitos como é um reality de convivência.

Voltaria a entrar num reality show?
Agora, depois de tudo o que aconteceu, não, porque eu só tenho o que perder, não tenho mais o que ganhar. Eu já ganhei com 90%, não tem mais isso acontecer de novo comigo. Então não, eu entraria para brincar, ir para as festas, bagunçar o jogo, me divertir e ir embora, mas para competir eu nem acho justo. Acho que tem tantas pessoas extraordinárias a serem vistas e descobertas como foi comigo, então acho que nem é justo.

A Grazi Massafera, que a partir do “Big Brother Brasil”, em 2005, se tornou uma atriz reconhecida, foi uma inspiração para si?
Como atriz sim, sempre admirei demais a trajetória dela. Depois ficamos amigas, conversamos muito, tomamos vinho e conversamos sobre a vida e toda essa experiência. Ela é uma inspiração, não só para mim, como para muita gente. Ela é uma mulher muito forte, de propósitos, sofreu muito também, em proporções diferentes porque na época dela não tinha redes sociais.

Ela sofreu muito preconceito na vida artística, superou e é uma das maiores artistas do país. Espero que isso aconteça comigo. Pedi muitos conselhos. Ela disse: ‘só se acalma’. Ela me aconselhou a ter calma, a fazer as melhores escolhas e me elogiou. Ela falava assim: ‘ju, eu era muito nova, você é uma mulher, então que bom que tem toda essa estrutura, porque é difícil e tal’.

"A música era um amor antigo, mas nunca como um propósito de carreira"

Depois de sair do reality show, dedicou-se à música. Recebeu críticas de outros artistas?
A maioria me apoiou muito, os que têm a cabeça de que a arte é algo muito amplo e que numa sociedade como a nossa os caminhos são diferentes. Às vezes você encontra artistas na rua e não artistas nos palcos. Eu fui abraçada pela maioria dos famosos, muito apoio, muita estrutura. Os maiores nomes da música brasileira me abençoaram e me incentivaram, reconheceram meu dom. Os outros são pequenos detalhes e a gente só segue, também é normal e compreensível. A gente só tem de fazer o nosso melhor e seguir.

A música era um sonho?
A música era um amor antigo, mas nunca como um propósito de carreira. Fui entendendo que aquilo era um lugar em que eu queria ficar, que me fazia bem e, de verdade, por amor. Eu podia fazer tantas outras coisas se fosse por dinheiro ou por fama, eu teria outros caminhos, até porque esse caminho da música é bem mais difícil. Acho que escolhi o caminho mais difícil destas coisas que eu poderia escolher. É por amor de verdade, acho que fiz a melhor escolha. Mas é difícil e vai continuar sendo, tudo o que é novo gera um processo assim.

Em 2021, lançou o EP “Juliette”, com seis temas, que teve 6,5 milhões reproduções logo no primeiro dia. Como foi sentir esta receção do público?
Desse primeiro EP, eu não tinha medo de nada na verdade, eu nem entendia o que estava acontecendo. Eram tantas coisas e eu não tinha dimensão que seis milhões era muito. Eu entrei no reality com três mil seguidores, saí com 24 milhões e me assustei. Eu não tinha dimensão do que significava isso, eu sabia que era muito bom, mas na prática eu não sabia quais as consequências disso.

Na música foi do mesmo jeito. Eu sabia que seis milhões era muito, mas eu não tinha dimensão do que era, do recorde. Na hora em que eu bati o recorde, as pessoas ficaram: ‘meu Deus, meu Deus’. E eu falava: ‘isso é muito?’. Eu não entendia muito, estava passando outras situações bem complicadas da minha vida. Eu fiquei orgulhosa e satisfeita, mas não refletia tanto. Na verdade, nesse momento eu não entendia muito o que estava acontecendo. Hoje em dia, entendo melhor e estou com um trabalho muito mais maduro, pensado. Hoje eu consigo ter mais dimensão de tudo.

Lançou recentemente as canções “Tengo”, “Sai Da Frente” e “Quase Não Namoro”, que fazem parte do álbum “Ciclone”, que saiu no ano passado. Como tem sido o feedback das pessoas em relação a estes temas?
Muito bom, mas as pessoas conseguem me enxergar mais neste trabalho. O primeiro trabalho eu fiz um pouco vulnerável, com muito medo de ousar, de tentar. Eu fiquei na zona de conforto ali, não estava tão bem psicologicamente também. Neste trabalho, eu participei no processo do zero, desde as composições, produções, em tudo. Eu acho que este trabalho reflete muito mais a Juliette que eu sou e o público sente isso. Tanto é que as músicas pegaram o primeiro lugar do Spotify em vários países, aqui em Portugal, no Brasil, as pessoas realmente gostam e nos shows elas ficam impactadas, porque o show é ainda melhor.

De tudo o que lançou até agora, tem alguma preferida?
Não sei, eu gosto de todas, óbvio, senão não tinha colocado no disco (risos). “Ciclone” é uma canção que é mais visceral e eu gosto muito dela. Gosto de temas viscerais. Não é a minha preferida, mas é uma delas.

A Juliette esteve este sábado, 20 de janeiro, no “Dança com as Estrelas”, na TVI, onde se estreou internacionalmente. Porque escolheu Portugal para o fazer?
Exatamente por isso, porque Portugal consome a minha música de uma forma muito bonita, muito respeitosa, pela qualidade da música. Eu fui numa entrevista e o rapaz falou que conhecia minha música e não sabia quem eu era, mas já conhecia a música. Lá no Brasil não é assim. As pessoas sabem quem é a Juliette e depois conhecem a música. Então aqui eu fiquei muito feliz, por gostarem da minha música, do que eu estou fazendo, me respeitarem muito. Eu recebo muitas mensagens, então eu falei: ‘quando for fazer alguma coisa internacional, eu quero começar em Portugal’. É por gratidão mesmo.

Já está cá há alguns dias. O que está a achar do nosso País?
Muito bom, só que eu estou trabalhando tanto que eu não estou fazendo nada. Só estou comendo muito. Restaurante, restaurante, restaurante. Já conheci alguns muito bons e a cidade é linda, as pessoas são bem simpáticas. Costumam dizer que europeu é frio e não é tão carismático, mas eu não achei, pelo menos em Portugal é diferente. As pessoas são mais carismáticas, mais felizes.

O seu objetivo atualmente é internacionalizar-se?
Não sei, não é um propósito, mas não descarto. Acho que tenho muito a construir ainda, já sou muito orgulhosa do que aconteceu até aqui, mas ainda faltam alguns passos. Vou tentar melhorar a cada dia, ter uma qualidade de música muito boa e o resto acho que é consequência.

Uma tour internacional ainda não está nos planos então?
Ainda não, mas quando houver Portugal estará no primeiro lugar internacional.

Anunciou no programa que vem aí uma colaboração com David Carreira. Como surgiu esta parceria?
Eu já acompanhava o trabalho do David, acho um máximo, vi alguns shows muito animados. O David procurou a minha equipa, a gente conversou e entendeu qual era a melhor sonoridade, misturando os elementos dele com os meus, a gente escutou algumas canções e chegamos ao tema ideal para que tivesse um pouco de mim e pouco dele. Estou muito feliz, ele é muito carinhoso, muito generoso, acho que vai ser bem legal. Chama-se “Vida Boa” e sai no final de fevereiro. É bem gostosa de ouvir, vai ficar todo o mundo bem entusiasmado.

O público vai poder ver a Juliette num concerto do David a cantar esta música?
Se ele me chamar, eu estou aqui. É só ter agenda que eu estou aqui.

Há um feat muito esperado: o de Juliette e Anitta, já que as duas são amigas. Está nos planos? Que papel está a ter a cantora no seu percurso pela música?
Não sei quando, mas vai acontecer. A gente fala muito sobre isso e na hora certa vai chegar. Ela está a ter um papel de estrutura mesmo, no início me deu segurança. Eu tinha muito medo de tudo, era tudo muito novo, e ela ali do meu lado, meio que me acalmava em alguns pontos. É uma grande artista e já reconhecida há muito tempo.

"Faço terapia toda a semana para me ajudar a seguir"

Atualmente conta com 30,7 milhões de seguidores no Instagram e já comentou que é alvo de vários comentários negativos. Também já nos disse que passou por um período difícil psicologicamente após o “Big Brother Brasil”. Sentiu necessidade de recorrer a terapia?
Sempre fiz terapia, por causa da vida. Eu faço terapia há muitos anos, mas são outros desafios. O mundo virtual e tudo o que isso traz, como a fama, traz outros dilemas que eu não tinha antes. Então eu preciso muito de apoio psicológico e profissional, tenho muito cuidado. Acho que a saúde mental é das coisas mais importantes, então a gente tem de se preocupar e se cuidar, assim como a gente cuida de um machucado que todos temos. A gente tem de sarar as nossas cicatrizes e saber lidar com elas. Então faço terapia toda a semana para me ajudar a seguir.

A Juliette já foi alvo de algumas polémicas, nomeadamente no ano passado, ao ter sido acusada de plágio. Esta acusação afetou em algum modo a sua imagem?
Eu acho que, em três anos, eu consegui lidar com a minha carreira de uma forma muito positiva. É normal acontecerem algumas situações de cancelamento. Não chega a ser cancelamento, na verdade, algumas situações de hater. É normal e esse mundo é assim. Então é uma certeza: qualquer pessoa que se estiver expondo na Internet vai ter de lidar com isso. Comigo não seria diferente, eu não sou perfeita, eu erro, falo coisas que não deveria. O que eu tenho de fazer é como lidar com isso. Acho que a minha credibilidade segue intacta, sempre fui fiel ao que eu acreditava, todos os meus trabalhos foram feitos com muita seriedade, muito trabalho. Eu tenho muito orgulho do que construí até aqui, de cabeça erguida, óbvio que não perfeito, mas com muita boa vontade de acertar em muita ética principalmente.

Depois de sair do reality show, recebeu um falso diagnóstico de um aneurisma cerebral e achou que ia morrer, tal como aconteceu com a sua irmã, que faleceu aos 17 anos. Este susto fez mudar a sua visão sobre a vida?
A minha irmã faleceu aos 17 anos com um aneurisma cerebral e eu fiz um exame e foi detetado exatamente no mesmo lugar. Só que quando eu fiz a cirurgia, cateterismo, eu ia colocar uma prótese no cérebro e quando ele chegou lá no cérebro, o exame mostrava uma letra e, como se fosse uma bolha, que caracterizava o aneurisma. Na verdade não era, a minha veia é meio que torta, não é uma bolha. Ela passa o sangue normal, só que faz uma curva, tipo uma mangueira. Então ele viu que não era um aneurisma, tirou o cateter e não fez a cirurgia. Eu acordei e estava bem, segui a minha vida. Mas passei alguns meses com a certeza de um aneurisma.

"A minha irmã faleceu aos 17 anos com um aneurisma cerebral e eu fiz um exame e foi detetado exatamente no mesmo lugar"

Na verdade, eu acho que sempre desconfiei de que poderia ter. Eu sempre vivi com isso, de que tipo: ‘a qualquer momento posso descobrir isso’. Não sei porquê, acho que por já ter vivido. A minha mãe também teve uma malformação no coração, a minha irmã no cérebro, e eu imaginei que talvez tivesse, porque nunca tinha feito um grande exame.

Quando eu recebi a notícia, eu estava no ápice da carreira, e pensei assim: ‘eu acho que o meu propósito de vida era esse, já aconteceu o meu propósito. Então se eu tiver um aneurisma e ele romper, está tudo bem, eu já conquistei o que ia fazer aqui’. Não me fez mal, eu não sofria com isso, fiquei um pouco triste, mas tentava viver cada dia como se fosse o último e entendendo que a minha missão tinha sido cumprida, bem tranquila. Isso mexeu muito com a minha visão do mundo. Eu costumo fazer a seguinte analogia: eu sou cristã, então eu acho que foi Deus. É como se Deus me tivesse colocado no topo do mundo e dissesse: ‘está vendo tudo isso aqui? Você tem tudo isso aqui, mas isso não tem importância, a sua vida tem outras questões, você pode ir embora a qualquer momento’. Quando eu estava no topo do mundo. Deus colocou uns oculinhos para que eu olhasse de outra forma. Depois disso, comecei a ressignificar muita coisa.

Apesar de atualmente viver uma vida desafogada, Juliette já passou por dificuldades financeiras e revelou em 2022 que ajuda mais de dez familiares e amigos próximos.
Não podia ser de outra forma, de jeito nenhum. Tudo isso era o propósito da minha vida. Tudo o que eu estudava, trabalhava, batalhava era para conseguir dar dignidade para a minha família e para mim. É um objetivo cumprido, é um propósito realizado. Não podia ser diferente e são minhas sementes. Eu estou plantando e, quando for embora, eles vão seguir um pedacinho de mim. Eu tento fazer o melhor para eles para dar o que não tive, educação, saúde, dignidade. O que eu não tive, vou fazer para que eles tenham.

Eles têm muito orgulho, mas não têm tanta dimensão. Por exemplo, os meus sobrinhos que moram comigo, e os que não moram também, eu tento não deslumbrá-los, tanto na questão financeira como nas redes sociais. Eu tento normalizar e disciplinar muito bem isso, para que não vire uma questão ou problema que a gente tenha de lidar. Eles têm muito orgulho, abraçam as oportunidades, alguns mais e outros menos. As crianças estão bem empolgadas com os estudos e eu fico muito feliz. O meu maior sonho era conseguir estudar bem e eu não tinha, tinha de me esforçar muito mais.

Antes de entrar no “Big Brother Brasil”, era maquilhadora profissional e advogada. Em que ponto estão essas profissões?
Se alguém for preso eu vou lá tirar, eu digo isso aos meus amigos (risos). Faço muitos eventos jurídicos, eu estou junto com a defensoria pública e com o Ministério Público (MP) em causas que eu acredito, defendendo algum projeto de lei ou alguma causa, sempre estou junto dessas instituições. Esses dias voltei ao MP, fui na penitenciária feminina com projeto social. O direito ainda permanece de outras formas, juntando o poder da media com as questões jurídicas e sociais que eu sempre estive.

A maquilhagem é todos os dias, ainda ontem me maquilhei, eu amo maquilhagem. Tenho uma rede social exclusiva de maquilhagem, onde eu posto só esse conteúdo, que é um hobby, um prazer. Eu sigo com as três profissões ou até mais, sou tia, irmã, empresária, cantora, sou tudo.

Quais são os seus objetivos futuros?
A curto prazo, eu quero evoluir muito nesse sentido da música, fazer um trabalho bacano, ganhar mais ouvintes, mais lugares, fazer mais shows. A nível profissional é isso. Também quero muito uma marca de maquilhagem, quero muito fazer isso, já estou estudando, trabalhando e pensando muito sobre isso. Na vida pessoal, ser feliz, viajar, cuidar da minha família, acho que é isso. Ser feliz.

Assumiu recentemente uma relação com Kaique Cerveny, após cerca de oito meses em segredo, sendo este o seu primeiro namorado assumido desde o reality show.
Os meus fãs ficam brincando comigo: ‘você não era durona?’ (risos). Nunca me viram depois da fama numa relação pública. É tranquilo, eu tento preservar o máximo que consigo, posto só quando estou confortável. Não tento fazer disso uma vitrine, porque eu quero algo real e tranquilo. Eu passei alguns meses numa relação conhecendo, entendendo, e agora eu consegui captar um pouco a essência da pessoa, então me deu essa tranquilidade e essa segurança que não era apenas uma paquera, que era uma pessoa que estivesse junto de mim, comigo, um parceiro para a vida. Não tem porque esconder, é muito mais difícil esconder. Eu queria ficar livre para sair, ir a um restaurante. Estou muito feliz.

 

Créditos das fotos: Rita Almeida / MAGG