"Absoluto pesadelo". São assim descritos os bastidores da fotografia de família que marcava o 70.º aniversário do Principe Carlos. As palavras são de "Finding Freedom", o livro assinado por Carolyn Durand e Omid Scobie, que se foca na história de Harry e Meghan com a monarquia inglesa, desde o início da sua relação até ao infame momento que ficou conhecido como Meghxit. Não inclui entrevistas com os visados, baseando-se, ao longo de 388 páginas, na experiência dos autores como membros da imprensa especializada e nos relatos de pessoas próximas do casal.
Comecemos pela história do retrato. Na fotografia, captada em 2018, é possível ver parte da família real feliz: os casais William, Kate, Harry e Meghan de pé, na parte de trás, o príncipe Carlos e Camilla, sentados num banco, lado a lado com os príncipes George e Charlotte. Foram sorrisos difíceis de conseguir, de acordo com os autores, porque "nem William, nem Harry se mostraram muito disponíveis". O relacionamento com o pai é "inconstante" e era também "complicado" um com o outro.
Conheça mais oito momentos incluídos no livro, publicado na terça-feira, 11 de agosto.
O primeiro encontro e a conta de Instagram secreta
O primeiro encontro entre Meghan e Harry terá acontecido num restaurante no bairro do Soho, em Londres. Conversaram durante três horas, seguindo cada um o seu caminho, mas já com uma ligação forte. Tanto assim é que um dos amigos de Harry descreveu o estado do príncipe como "estando em transe". No dia seguinte, o futuro casal voltou a encontrar-se exatamente no mesmo sítio, entrando pela entrada dos funcionários.
Poucos dias depois, Meghan começa a seguir um utilizador chamado SpikeyMau5, que era, na realidade, Harry.
O colar que Meghan não devia usar
No início da relação entre Meghan e Harry, a atriz usava um colar com as iniciais dos seus nomes, mas foi aconselhada a não o utilizar porque a peça "encorajava as manchetes".
“Dois dias depois de Meghan ser tido fotografada a comprar flores, a usar o seu novo colar, ela recebeu um telefonema de um assessor do Palácio de Kensington”, lê-se no livro. “Ela foi informada de que usar aquele colar só servia para encorajar os fotógrafos a continuar a fotografar e a criarem novas manchetes.”
As fotografias apanhadas por hackers
Em setembro de 2018, o casal foi vítima de hackers russos que conseguiram entrar numa cloud que continha mais de 200 fotografias que nunca tinha sido divulgadas, captadas pelo fotógrafo Alexi Lubomirski.
"Também incluía imagens com olhos meio fechados e outros momentos pouco lisonjeiros.". O casal ficou consciente do quão fácil era ter acesso a ficheiros pessoais online, tendo este momento representado um "abre olhos" que levou a que fossem implementadas medidas de segurança extra.
O treino de Meghan contra terroristas
Meghan Markle teve de fazer um curso de segurança de dois dias no quartel-general do regimento em Herefond, onde foi preparada para cenários de ataques terroristas ou sequestro.
Por isso, a duquesa de Sussex foi colocada, por alguém que fingia ser um terrorista "na parte de trás de um carro" e levada para um local seguro, até ser salva pela polícia. Também lhe ensinaram as técnicas para criar uma relação com o seu potencial sequestrador.
Kate Middleton recebeu a mesma formação, mas só depois de estar já casada com William. No caso de Meghan, a realeza achou necessário prepará-la antes do matrimónio, por andar a recebe um "número elevado e pouco usual de ameaças de morte."
A relação de Meghan com o príncipe Carlos
Meghan Markle olhava para o príncipe Carlos como uma "figura paterna", diz o livro. Os dois estabeleceram laços fortes, ao ponto de ela o considerar o seu "segundo pai". Ele descrevia-a como tendo um "brilho real", descrevendo-a como "uma americana atrevida, bonita e confiante".
"Ele gosta de mulheres fortes e confiantes. Ela é inteligente e autoconsciente, consigo perceber porque é que criaram uma amizade tão rápido."
O primeiro chá com a rainha
Também a primeira chávena de chá com a rainha foi descrita no livro "Finding Freedom", apesar de estes momentos privados raramente saírem a público. "Harry beijou a sua avó nas duas bochechas quando eles entraram na sua sala de estar", escrevem os autores. A rainha estaria sentada na sua cadeira de seda e recebeu bem a futura nora.
O conflito entre os casais
Até meados de março, as duplas William e Kate e Harry e Meghan não se falavam. O início da tensão terá começado logo pela altura em que o filho mais novo de Diana se começou a relacionar com a então atriz. É que William aconselhou-o a avançar com calma para ter tempo de conhecer bem Meghan antes de se casarem: "William só queria ter a certeza de que Harry não seria apanhado de surpresa pela luxúria".
Por sua vez, Meghan e Kate nunca tiveram muita afinidade uma com a outra — sendo que Meghan sempre se apercebeu de que a cunhada não lhe dava grande apoio na sua entrada para a realeza britânica.
A reacção da rainha ao Meghxit
"Arrasada" é a palavra para descrever o estado emocional da rainha depois do anúncio de que o casal iria sair da família real. Harry e Meghan já tinham conversado sobre mudar o seu status real, falando, inclusivamente, com a rainha sobre isto. O casal terá então tomado a decisão de abandonar Inglaterra quando estavam no Canadá. Pediram uma reunião com a rainha, mas disseram-lhe que esta só estaria disponível em janeiro de 2020.
A comunidade real culpou o recente membro da família real pela decisão. "Os funcionários culpam Meghan", dizem os autores."“Como Meghan disse em lágrimas a um amigo em março: ‘Desisti da minha vida inteira por esta família. Eu estava disposta a fazer o que fosse preciso. Mas aqui estamos nós. É muito triste.'”