A marquise que Cristiano Ronaldo mandou construir no seu apartamento na rua Castilho, no coração de Lisboa, está a gerar polémica e até já motivou a indignação e crítica do arquiteto responsável pelo edifício.

Legalidades à parte (e já lá vamos), o acrescento tão português que CR7 fez naquele que é o mais caro apartamento de sempre a ser vendido em Portugal está a motivar uma hashtag no Twitter que já se tornou viral: #MeteMarquiseNumFilme. O objetivo é simples. Colocar a palavra 'marquise' no título de um filme.

Eis os mais originais.

O duplex do projeto Castilho 203, considerado o apartamento mais caro de sempre vendido em Portugal (7,2 milhões de euros), sofreu uma alteração desde que foi adquirido por CR7. O futebolista português adquiriu o imóvel em 2019 mas só agora, e por causa de um story publicado pela namorada Georgina Rodríguez no Instagram, é que se tornou público o anexo.

cristiano ronaldo marquise
créditos: DR

O futebolista mandou construir uma marquise no terraço que fica no topo do edifício, e que tem também uma piscina, o que já motivou a indignação do arquiteto responsável pelo projeto.

"A admiração e respeito que tinha por Cristiano Ronaldo, um atleta exímio e inspirador, um exemplo para todos que muitas vezes referi perante os meus filhos e alunos, desmoronou-se num ápice", começou por escrever José Mateus no Facebook.

"Comprou um apartamento no edifício Castilho 203, cuja arquitectura foi desenhada pela ARX, atelier que fundei com o meu irmão Nuno em 1991 e que baseia o seu trabalho, tal como CR7, numa dedicação extrema, níveis de exigência altíssimos, trabalho diário duríssimo. Assistir ao desrespeito e à conspurcação de forma ignóbil do nosso trabalho, da nossa arquitectura, sem ter cumulativamente a anuência dos arquitectos, dos vizinhos e sem projecto aprovado pela CML, construindo à bela 'maneira antiga' uma marquise no coroamento do edifício, é algo a que não vou assistir parado. Há cultura, há autorias, há regras, há respeito pelos outros e pelo trabalho dos outros, há civismo, há princípios que não admito que sejam atropelados. Seja por quem for", acrescenta ainda o arquiteto.

De acordo com a revista "Sábado", este anexo é ilegal. José Mateus explica à publicação que o terraço situado no topo do edifício é uma parte comum do prédio e que qualquer alteração feita teria de ter a "autorização do condomínio, aprovada em reunião de condóminos e registada em ata", o que não aconteceu. À SIC, o presidente da câmara municipal de Lisboa, Fernando Medina, assegurou que a autarquia vai levar a cabo uma "inspeção".