A histórica entrevista da princesa Diana com Martin Bashir, transmitida em novembro de 1995 na BBC, é daquelas coisas das quais o público nunca se vai esquecer – especialmente os filhos. Isto porque Lady Di não só abordou o caso que Carlos III mantinha com Camilla, mas porque também falou da sua própria relação com James Hewitt.

De acordo com o historiador Robert Lacey, citado pelo "Mirror", foi precisamente a relação extraconjugal da princesa de Gales que mais afetou o príncipe William, que tinha apenas 13 anos quando a entrevista foi para o ar. A confissão de Diana sobre se ter apaixonado pelo ex-militar britânico terá tido um impacto devastador no futuro rei.

"Diana falou de 'traição', e foi exatamente isso que William sentiu", começou por dizer o historiador, no livro "Battle of Brothers". "A mãe deles tinha visto claramente como é que os dois filhos tinham ficado transtornados quando Carlos confessou a relação com Camilla na televisão no ano anterior. No entanto, lá estava ela, a fazer exatamente a mesma coisa", continuou.

O atual príncipe de Gales, que na altura estava na Eton College, foi encontrado no escritório, deitado no sofá, com os olhos vermelhos de tanto chorar, depois de ver a entrevista, acrescenta Robert Lacey. Dois dias depois da transmissão, Diana confidenciou à sua curandeira, Simone Simmons, que William estava zangado – e foi assim que começou um conflito entre mãe e filho.

Dizendo que "foi um inferno", Robert Lacey diz que o atual príncipe de Gales "estava furioso por ela ter falado mal do pai dele, por ter mencionado o Hewitt". A par disto, William terá começado começado "a gritar e a chorar" e, apesar de a mãe ter tentado abraçá-lo, "ele empurrou-a". No dia seguinte, acabou por se retratar, oferecendo um ramo de flores a Lady Di, que sentiu que tinha causado danos irreparáveis.

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"O que é que eu fiz?", era o que a princesa de Gales estava sempre a perguntar a Simone Simmons, como se finalmente se apercebesse da dor e dos danos emocionais a longo prazo que o relacionamento tinha infligido aos seus filhos. Tudo por causa de um affair, que durou cinco anos, de 1986 a 1991 – algo que foi possível de manter porque que William e Harry o chamavam tio James, pelo que a princesa conseguia mantê-lo por perto, segundo a mesma publicação.

A relação veio a público em 1994, quando Anna Pasternak publicou um livro em que contava tudo sobre esta paixão proibida, tendo tido até declarações do próprio militar para corroborar os factos. O relacionamento durou enquanto ainda era casada com Carlos III, de quem se separou em 1992. O divórcio foi finalizado apenas anos mais tarde, em 1996, e a princesa morreu em 1997, em Paris, vítima de um acidente de viação.