Dois meses depois de mais uma polémica de fraude fiscal ter vindo a público, desta vez por fugir ao fisco em 2018, Shakira chegou a acordo com o Ministério Público. Esta segunda-feira, 20 de novembro, após se ter sentado no banco dos réus do Tribunal de Barcelona, a cantora admitiu que falhou pagamentos entre 2012 e 2014.

Na tese do Ministério Público, a artista natural de Barranquilha deixou por pagar 14,5 milhões de euros em impostos sobre o património e sobre os rendimentos, entre 2012 e 2014. Tendo isto em conta, a colombiana enfrentava uma pena de oito anos e dois meses de prisão, algo que está a ser negociado há semanas, segundo o "El País".

Com o objetivo de reduzir a pena, os advogados da artista chegaram a acordo com o Ministério Público espanhol. A artista viu a sua pena reduzida para três anos e terá de pagar uma multa de 7 milhões de euros. A par disto, com o pagamento de uma multa adicional (432 mil euros), Shakira evitará uma pena de prisão efetiva, graças ao facto de não contar com antecedentes criminais, de acordo com a mesma publicação.

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O caso remonta a 2012, um ano depois de a cantora se ter apaixonado por Gerard Piqué, com o qual foi viver para Madrid (e de quem se separou em maio de 2022). No entanto, Shakira apenas registou Espanha como morada fiscal em 2015, sendo que antes eram as Bahamas – algo que, de acordo com a lei espanhola, tal como refere o "Daily Mail", é crime. É que, depois de se passar mais de 183 dias em Espanha, é obrigatório tê-la como morada fiscal para pagar impostos.

Mas parece que a novela de fuga ao fisco continuou, uma vez que, em setembro, veio a público que Shakira não terá cumprido com os pagamentos, novamente, em 2018. Na altura, quando ainda vivia em Espanha com o ex-marido, a cantora tê-lo-á feito através de uma "rede de empresas", segundo "El País", que a levou a simular a transferência dos seus direitos de autor para empresas instrumentais.

Desta vez, Shakira é acusada de uma alegada fraude de 5,3 milhões de euros em imposto sobre o rendimento das pessoas singulares e de outros 700 mil euros em imposto sobre o património, em rendimentos não declarados em Espanha quando a artista tinha optado por tributar todos os seus rendimentos no país.