A SkyShowtime já está presente em seis mercados europeus, tendo chegado a Portugal no dia 25 de outubro. O catálogo está recheado de filmes e séries, já que este novo serviço é o "produto das maiores companhias de entretenimento do mundo", disse o CEO, Monty Sarhan, no lançamento global da plataforma, esta quinta-feira, 3 de novembro.

O evento, que decorreu em Amesterdão, Países Baixos, juntou festa e estrelas de Hollywood – e a MAGG esteve à conversa com duas. Ethan Peck e Rebecca Romijn, protagonistas de "Star Trek: Strange New Worlds", contaram-nos um bocadinho sobre a sua experiência (ou o que até lá os levou) nesta nova abordagem renovada de um dos franchises mais icónicos e aclamados do universo da ficção científica. 

Fomos a Amesterdão descobrir as 5 séries que vão chegar ao catálogo da SkyShowtime (e que não pode perder)
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Primeiro, vamos a uma linha cronológica muito breve. "Star Trek: Strange New Worlds" é um spin-off de "Star Trek: Discovery" e, ao mesmo tempo, uma prequela de "Star Trek: The Original Series" – é confuso, não é? Bem, é que este universo reúne uma panóplia de produções desde 1966, altura em que surgiu pela primeira vez. No entanto, a premissa é, essencialmente, transversal a todas as 11 séries que existem: os acontecimentos que decorrem dentro e fora da USS Entreprise, independentemente do ano em que o enredo se situa.

No entanto, "Star Trek: Strange New Worlds", cuja primeira temporada já se encontra disponível no catálogo da SkyShowtime e a segunda está para vir, passa-se no ano 2259, década anterior ao enredo da série original. Assim, o capitão Christopher Pike, interpretado por Anson Mount, assume-se como protagonista, ao lado de Spock (Ethan Peck) e Number One (Rebecca Romijn), personagens conhecidas do enredo original.

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créditos: SkyShowtime

Para Ethan Peck "foi um fardo, no bom e no mau sentido"

Precisamente pelo facto de as personagens serem conhecidas (e bem) pelos fãs é que agarrar o papel foi um fardo, "no bom e no mau sentido", para Ethan Peck. "Quando fui selecionado, estava aterrorizado e não tinha a certeza se iria sair-me bem. É uma personagem icónica", explica o ator. Assim, teve de se preparar para fazê-lo, especialmente porque, antes de ser escolhido, não via a série.

Mas se houve algo que o ajudou foi o tempo que passou agarrado ao ecrã, enquanto estudava a versão de Leonard Nimoy, o ator que encabeçou a personagem de Spock pela primeira vez, em tempos mais remotos. "No entanto, chegou a um certo ponto em que deixei de ver, perto da segunda temporada de 'Discovery', porque senti que aquilo que tinha absorvido da interpretação dele já era suficiente e já vivia em mim", aponta Ethan Peck.

O ator não consegue deixar de mencionar o percurso académico que trilhou, que encara como a pedra basilar do seu sucesso profissional. Frequentou a Tisch School of Arts, da Universidade de Nova Iorque, onde estava matriculado numa unidade curricular de teatro experimental, algo que lhe suscitou curiosidade em descobrir quem era. "Ajudou-me a perceber que eventos e situações é que ocorreram na minha vida e culminaram naquilo que sou hoje, fazendo com que essas experiências sejam transferidas para o meu processo enquanto ator", afirma.

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créditos: Twitter

"Os professores que tive diziam sempre que nos devíamos divertir ao trabalharmos as personagens", acrescenta. No entanto, clarifica que essas aprendizagens têm sido postas à prova neste franchise. "Para mim, tem sido difícil, porque o Spock nunca é divertido, na verdade. Aliás, ele diverte-se de vez em quando, mas normalmente tenho de dizer coisas complicadas", esclarece.

Rebecca Romijn aproveita o rumo da conversa para dar umas palavras de apoio ao colega. "Eu acho que ver o Ethan a tomar as rédeas do Spock tem sido muito transformador para ele. E sinto que, quanto mais ele doma a personagem, mais se liberta", assinala a atriz, acrescentando que não tem dúvidas de que Peck se "está a divertir muito mais do que estava ao início".

Já o processo de Rebecca Romijn foi diferente

Rebecca Romijn, por outro lado, não teve esse privilégio ao preparar-se para dar vida a Number One (Una). É que, na primeira produção, Majel Barrett-Roddenberry, que interpretou a personagem, esteve pouco tempo em antena. "Não tinha muito em que pegar, porque ela só apareceu durante 13 minutos, no primeiro episódio. No entanto, vimo-la a ser bastante profissional, e eu quis expandir esse aspeto", frisa a atriz.

Não quis, portanto, desviar-se dessa versão: "Sem mudar nada do que ela fez, foi uma oportunidade perfeita de mostrar as camadas desta personagem, especialmente os seus elementos humanos", aponta. Depois, volta atrás, entre gargalhadas, porque aquilo que acaba de dizer é um tanto irónico. Isto porque (alerta, spoiler) acabamos por descobrir, à medida que a trama se vai desenrolando, que Number One não é humana.

E já não é a primeira vez que a atriz abraça o papel de uma criatura alienígena. Em tempos, antes de Jennifer Lawrence assumir o papel da mutante Mystique, no universo da Marvel, era Rebecca que o detinha. E, ao conseguir perceber aquilo que unia e separava ambas as mutantes, adotou algumas dessas características em Una.

"Comecei a pensar no que é que significa para a Una o facto de não ser humana e de isso a envergonhar", esclarece, acrescentando que, ao contrário de Mystique, "que tem bastante orgulho em ser quem é", para Number One isso é um segredo. "Ela quer seguir as regras, que pertencer à Starfleet mais do que qualquer coisa, porque ela ama aquilo. Então, quebrar as regras de uma coisa que ama [ao ser mutante e não poder] é algo que a envergonha bastante", expõe a atriz.

Mystique
créditos: Twitter

A artista ainda explica que, à parte o facto de sempre ter sido fã deste género de ficção, há uma outra razão (igualmente, senão ainda mais válida) que a leva a escolher papéis com um cunho mais místico e que não consegue deixar de reiterar. "Eu escolho personagens e filmes que sei os meus filhos vão poder ver", afirma. Isto porque, ao estar separada deles tanto tempo, quer que possam ver o que andou a magicar enquanto esteve ausente.

E nem só os seus filhos pesam na decisões que toma. "Quero ter personagens das quais me orgulho, que sejam adequadas para meninas mais pequenas", acrescenta Rebecca Romijn. Depois, conclui, com uma certeza: "A ficção científica expande a mente das pessoas. Eu acho que as melhores personagens de mulheres estão, sem dúvida, na ficção científica".

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