Há dois anos que a Rua do Alecrim, em Lisboa, não é a mesma. É certo que ganhou uma loja de Paez, e um ou dois novos bares e restaurantes que ajudam a dar a volta ao mundo. Mas muito da dinâmica da via que liga o Largo Camões ao Cais do Sodré deve-se àquilo que acontece no número 70.
Foi aqui que, em 2016, nasceu o Palácio Chiado, um espaço que veio ligar a arte à comida — tendo em conta que aproveita o espaço do antigo Palácio Quintela —, e que se foi reinventando ao longo do tempo. Começou como uma espécie de food court, no qual, à semelhança de um centro comercial, cada pessoa podia pedir o prato num dos restaurantes e esperar que estivesse pronto para o levantar e, aí sim, sentar-se à mesa. O conceito mudou entretanto e o cliente deixou de ter que se levantar, mantendo na mesma a opção de escolher o prato de qualquer um dos restaurantes disponíveis.
Já essa lista de restaurantes também foi sofrendo alterações. Entra sushi, sai comida saudável, entra italiano, sai comida portuguesa. Atualmente, são apenas quatro os espaços a funcionar: o Farrobodó, com petiscos tipicamente portugueses, o Barra, com pratos leves e opções de charcutaria e queijos portugueses, o italiano Rosmarino e a Confeitaria do Palácio, o local ideal para comer uma sobremesa.
Mas como estagnar não é palavra de ordem por aqui, o Palácio acaba de se reinventar, aproximando a oferta daquilo que os clientes procuram no mês mais quente do ano (estamos a arriscar ao dizer isto, que com as alterações climáticas, nunca se sabe se é novembro a bater recordes).
Até ao fim do agosto, há um menu pop up, que vem complementar o que já é oferecido pelos restaurantes. Nesta ementa reinam os pratos mais leves, com várias opções de partilha.
Para "começar da estaca zero", como é designada a parte da ementa dedicada àquilo que podemos assumir como entradas ou petiscos, temos ostras, que podem ser servidas ao natural (2,40€/uni) ou com tártaro de fruta cítrica (2,90€/uni). Mas há também tártaros de salmão (8,5€) ou novilho (9,5€), ceviche de atum (9€) ou corvina (8,5€), camarão salteado (9,5€) um até uma terrina de foie-gras (12€).
"Pela boca morre o peixe", dizem eles, assim que começa a secção dedicada ao que vem do mar. Há salmão braseado com salada de arroz selvagem e ervas frescas (12,8€), atum braseado com salada de legumes e alface romana (16€), filetes de dourada assados (14,5€) ou poke de salmão com manga, edamame, abacate, couve roxa, macadâmia, cebolinho e sésamo (13€).
Bem sabemos que o verão puxa para a leveza dos pratos, principalmente com legumes, peixe ou marisco. Mas há aqueles a quem nem o calor tira a vontade de um bom naco de carne. Para esses há "carne para canhão", uma parte do menu de onde saem pratos como bife de lombo em bolo do caco com salada e chips de batata (12,5€), entrecôte grelhado com cebolada de cogumelos e batata salteada (20€), maturado grelhado (20€) e ainda supremo de frango recheado com espinafres e ricotta (14,5€).
Este menu está disponível até ao final de agosto, complementando assim a carta dos restaurantes que compõe o espaço.