O que esperar de um restaurante que tem um carrossel no teto e uma mesa de DJ na qual também se servem refeições? No mínimo, uma refeição divertida e é isso que o Tetto presenta a Lisboa, quando se assume como um restaurante de 'fun dining'.
Não, não é gralha, é mesmo 'fun'. "A expressão significa uma experiência partilhada com amigos, mas, aqui no Tetto, é muito mais do que isso", explica à MAGG Mariana Santos, manager do restaurante com inauguração prevista para meados de março. "Juntámos pratos de autor, mas servidos de uma forma descontraída, ainda que sempre profissional".
Para a cozinha, chamou-se um chef que no dining, acumula experiência de 'fine', mas tem vontade de se aventurar no 'fun'. Com experiência em restaurantes como o El Buli, em Espanha e o El Sur, no Dubai, Juan Carlos Hernández aterra agora em Lisboa com vontade de criar. "Gosto muito de alta cozinha, mas facilmente se pode tornar-se aborrecida. Ainda bem que este estilo mais casual chegou à gastronomia e podemos finalmente comer com as mãos, partilhar os pratos e romper com os protocolos de serviço".
Das viagens que fez trouxe experiência e sabores e isso faz-se notar numa carta que, ainda que não esteja fechada, já é multicultural.
Abre o computador para nos mostrar uma lista de várias páginas Word com nomes de pratos sublinhados a cores que indicam os que ficam e os que já não têm lugar. "Cada prato é como um filho. Sofro com cada um que tenho de remover da lista", assume. Mas alguém tinha que por limites a esta imaginação capaz de misturar sabores do Peru, do México, de Itália, sem esquecer que é de frente para o Tejo que estamos e que é importante que Portugal tenha também o seu lugar à mesa.
É por isso que de entre tiraditos, tacos, paellas, ceviches e burratas, há espaço para um prato com escabeche de coelho e uma tortilha de bacalhau e pimentos assados.
A acompanhar esta festa à mesa, há um bar de onde saem cocktails de autor e um DJ que todas as noites vai dar a banda sonora a estes jantares que se querem sem pressas (o restaurante só fecha às duas da manhã). E mais. A mesa de DJ não está lá para ser ignorada caso a música entre modo banda sonora de elevador, nem para servir de altar aos que põem as mãos ao alto a quem dá música. Aqui também se vão servir refeições e beber copos, numa espécie de aquecimento para uma noite com espaço para quem quer ficar pelo primeiro piso, ou para quem prefere descer até ao MoMe, a discoteca que funciona no andar de baixo desde o início do ano passado.
O restaurante abre em meados de março — ainda sem data oficial — e vai estar disponível para almoços e jantares. Sem pressas, como se quer.