2023 é o ano de todos os regressos. A mega digressão dos D'ZRT, duas novas temporadas de "Morangos com Açúcar" e a inesperada reunião dos Excesso, que estavam afastados dos palcos desde 2002. A banda, constituída por Carlos, Gonzo, Duck, Melão e João Portugal, anunciou o regresso aos palcos em dezembro, quando lançou a data do espetáculo "Até ao Fim", marcada para 19 de maio na Altice Arena, em Lisboa.
Agora, além de mais um concerto, agendado para 17 de junho na Super Bock Arena, no Porto, a banda lançou esta quarta-feira, 8 de fevereiro, uma nova versão do seu primeiro grande êxito "Eu Sou Aquele". A música, estreada em 1997, esteve várias semanas no 1.º lugar do top de vendas e conquistou cinco platinas. Tornou-se o hino de uma geração e é, até aos dias de hoje, um dos hits dançáveis mais populares da música portuguesa.
O que esperar deste novo "Eu Sou Aquele"?
Na versão de 1997 (recorde aqui) havia uma batida dance típica dos êxitos dos anos 90, muito sintetizador e muito abanar de anca. Os então jovens Carlos, Gonzo, Duck, Melão e João Portugal exibiam cabelos carregados de gel, as imprescindíveis frosted tips (pontas do cabelo descoloradas) e havia muito músculo à mostra, calças justíssimas, T-shirts a fazer vergonha aos crop tops atuais e também muito colar e muita pulseira.
Mais velhos e sobretudo mais sábios, abstiveram-se de recuperar a icónica dança estilo vogue que fez furor no final da década de 1990 e deixaram isso a cargo de bailarinas que deslizam de patins de quatro rodas em torno da banda.
Agora com ritmos mais retro, e um cheirinho a disco dos anos 1970, os Excesso fazem-se acompanhar de uma banda, e esta nova versão de "Eu Sou Aquele" é igualmente dançável, mas menos electrónica. O ritmo está lá, mas, ao invés de coreografia, os cinco elementos da banda estão atrás do microfone. Carlos continua a ser o melhor cantor do grupo (mas isso não é novidade para ninguém) e Gonzo será o eterno bad boy com quem vamos continuar a ter pensamentos pecaminosos (não nos julguem). Não há músculos à mostra, mas Melão agracia as fãs mais puristas com uma T-shirt bastante decotada.
Sim, nós sabemos que eles não vão ganhar um Grammy, mas se esta nostalgia nos traz felicidade, então é porque é boa, certo?