A MAGG esteve no The Lodge Hotel para conhecer a nova carta para a primavera/verão do restaurante Dona Maria, focado em gastronomia tradicional portuguesa reinventada. O hotel de cinco estrelas em Vila Nova de Gaia foi inaugurado em 2020, numa altura em que integrava a DouroAzul, a companhia de cruzeiros do empresário Mário Ferreira.
Situado no distrito do vinho do Porto, este hotel está muito ligado aos barcos e à viticultura. O design coube ao Atelier Nini Andrade Silva, que quis trazer o Douro para dentro do The Lodge, com recurso a materiais como cortiça e decoração azul escura a puxar a cor da uva, bem como dourada, a simular vinho entornado.
Ideal para "um cliente urbano independente", assim como a diretora de vendas do hotel, Brenda Ribeiro, explicou à MAGG, o The Lodge fica a oito minutos a pé da margem do Porto. Está longe da confusão, mas perto o suficiente para quem quer conhecer os principais pontos turísticos — basta atravessar a ponte ou ir de teleférico, por exemplo.
Com sete pisos e estacionamento, esta unidade hoteleira não tem spa nem piscina interior, mas oferece uma piscina exterior aquecida com água a 25ºC, que está no quinto andar e que funciona das 9 às 21 horas, assim como o ginásio. Também existem salas de reuniões, com microfone e projetores, duas para até 80 pessoas, uma para 220 e outra para 280.
Com vista para as caves de vinho do Porto e para o rio, alguns dos quartos têm varanda. São, no total, 119 quartos. A tipologia superior (desde 270€ por noite) e a deluxe (desde 324€ por noite), para até dois adultos, podem ter vista para a piscina ou para a rua principal do hotel. Já os sete quartos terrace deluxe (a partir de 351€) têm acesso direto à piscina.
As suites podem receber até dois adultos e duas crianças (a partir de 423€). Já as três junior suites, com 40 metros quadrados de área, aceitam até dois adultos e uma criança (desde 369€). A signature suite (desde 3150€) é duplex, tem 215 metros quadrados e foi feita para acolher até quatro adultos e duas crianças. Banheiras, kitchenettes e jantares exclusivos são algumas das regalias.
O quarto em que ficámos não tinha varanda. A vista alcançava elementos como o rio Douro (e respetivos barcos), a ponte D. Luís, a Torre dos Clérigos e a Sé do Porto. Os espelhos estavam por toda a parte (inclusive de corpo inteiro) e era também num deles que estava integrada a televisão. Com um aspeto clássico, era bem brilhante e tinha um cheiro bastante agradável.
A cama era bem grande e a casa de banho, com poliban, estava toda em tons de mármore branco e preto. Máquina de café, mini-bar (sob pedido para evitar desperdício e optar pela frescura), balança, ar condicionado, cadeirão, mesa, secador de cabelo, robe, chinelos e até um guarda-chuva eram algumas das comodidades oferecidas neste quarto localizado no sétimo andar.
Frequentado maioritariamente por portugueses, espanhóis, ingleses e norte-americanos, o The Lodge Hotel chega a dar a sensação de um boutique hotel, mesmo não o sendo. Com André Borges como diretor-geral, tem um bar junto à receção (que chega a funcionar até à uma da manhã) e um restaurante, o Dona Maria, no terceiro andar.
É lá que são servidos os pequenos-almoços (das 7 às 10h30) e os jantares (a partir das 19h30). Não é preciso estar hospedado no The Lodge Hotel para poder provar a comida confecionada pelo chef João Vieira — e, aos fins de semana, pode fazê-lo enquanto assiste a atuações ao vivo de DJ's. Em breve, o restaurante do hotel servirá brunch aos domingos.
Com capacidade para 120 pessoas no interior e outras 60 na esplanada, o Dona Maria tem expostos cerca de 300 vinhos portugueses. Os pratos consistem maioritariamente em comida típica portuguesa de conforto e são uma tentativa do chef de recriar memórias de infância, com um toque próprio.
Um hotel vínico tinha de disponibilizar provas de vinhos
Durante a nossa estadia pudemos fazer uma prova de vinhos (a Wine Flight) no The Lodge Bar, com a ajuda do sub-chefe do bar, Nuno Teixeira, que nos serviu três vinhos brancos "com evoluções diferentes" da casta Alvarinho, com notas de frutos tropicais: Vale dos Ares 2021, Contacto 2021 e Soalheiro Reserva 2020.
A prova de três vinhos tintos custa 25€ por pessoa, 30€ no caso dos brancos e 55€ para vinho do Porto. Enquanto as duas primeiras vêm acompanhadas por uma tábua de queijos, esta última traz chocolates. Convém efetuar reserva com uma antecedência de 24 horas.
Qualquer um dos vinhos em prova está disponível no restaurante e no bar, para consumo. É possível participar no Wine Flight sem ser hóspede e, no futuro, talvez esta experiência decorra na esplanada, para aproveitar o bom tempo. O bar do The Lodge também serve cocktails vínicos, que são "clássicos envelhecidos em barril de carvalho francês".
"O objetivo é dar ao cocktail o que a madeira dá ao vinho", explicou o sub-chefe de bar à MAGG. No The Lodge Hotel, sentimos a sofisticação em cada esquina e a preocupação em receber bem por parte de cada membro do staff. Uma excelente opção para quem pretende passar uns dias na zona do Porto sem se sentir claustrofóbico.
*A MAGG esteve no The Lodge Hotel a convite da unidade hoteleira