É noctívago e torce o nariz a brunches que acabam às duas da tarde? Foi para um after hours, dormiu até às três da tarde e apetece-lhe meter o dente numa decadente sopa de cebola, enquanto equilibra os níveis com um Bloody Mary (à borla)? Ou talvez queira apenas um sítio onde o brunch se prolongue tarde fora, com escolha variada, sem buffets com ofertas de fazer dores de cabeça ou opções limitadas.
Seja qual foi a sua categoria, há um spot no Porto que satisfaz estas necessidades: o Scarlett Brasserie & Wine Bar Porto é o primeiro espaço da marca em Portugal, depois de Hong Kong, na China, e Banguecoque, em Singapura.
O espaço, situado na zona histórica da cidade, é propriedade da R&B Lab, empresa que também pertence ao dono do Hotel Infante Sagres. A Gaw Capital, que também gere o Intercontinental Porto, comprou a unidade hoteleira à Fladgate em 2022. E, depois da renovação do emblemático hotel portuense, que mantém todo seu charme original, nasceu o restaurante que, mais do que espaço de refeições para os hóspedes, quer ser um ponto de encontro da cidade.
Eylyn Pedrón, diretora de operações (F&B) da marca, explica-nos porque é que, depois de Hong Kong e Banguecoque, o Porto foi a escolha óbvia para a marca se estrear em Portugal. Apesar de o Scarlett estar dentro do edifício do hotel Infante Sagres, tem uma entrada independente. "Neste momento, Portugal está berra. O proprietário refletiu sobre isso e, apesar de Lisboa ainda não estar saturada, há muitos conceitos já. Depois de uma pesquisa, concluímos que, no Porto, há muito espaço para restaurantes de lifestyle. E queremos ser pioneiros nesse segmento", explica a responsável do Scarlett.
A partilha, a familiaridade e o conforto do convívio são as linhas mestras que regem o Scarlett. "Queremos colocar o melhor que Portugal tem nos nossos pratos", explica Eylyn, dizendo que se abastecem em pequenos fornecedores locais. A sopa de cebola gratinada, uma especialidade francesa, é o prato-estrela do Scarlett, bem como a salada de sapateira, outro clássico da marca. A responsável destaca também os tártaros e crudos, desde o ceviche de dourada ao tártaro de carne de vaca "à la Montmartre", o polvo grelhado com risoto de tinta de choco e bisque. Criações idealizadas por Charles de Tallec, chef executivo da marca Scarlett.
Veja fotos do espaço
O que comemos (e bebemos) neste (quase) all day long brunch
Só o facto de, ao longo de uma hora, quem optar por desfrutar pelo brunch do Scarlett Porto, ter direito a uma hora de mimosas, bellinis ou bloody Mary gratuitos, já deixa qualquer um alegre. E foi precisamente com um bloody Mary que começámos, a acompanhar ostras, que estavam frescas e não eram demasiado rechonchudas (3 unidades, 7€). E porque, mesmo no verão, há dias em que o estômago precisa de um aconchego, fizemos questão de provar a sopa de cebola gratinada (8€). O queijo Gruyère gratinado dá aquele toque rico, pleno de umami, perfeito para reanimar a alma (sobretudo se a noite anterior tiver sido pesada).
O Scarlett tem nada mais nada menos do que 11 especialidades de brunch, e gostávamos de ter tido um estômago XXL para provar todas. Fomos para os clássicos, os ovos Benedict (12€), que não desiludiram, e a shakshuka (14€), esse estufado delicioso com ovos escalfados. Também provámos os ovos rotos (12€), em que a maionese de trufa deu um toque perfeito de untuosidade e decadência. A burrata (14€), com tomate da época e manjericão, refrescou o nosso brunch.
Por fim, mas não menos importante, as sobremesas. A mais surpreendente, pela combinação refrescante, o pêssego com mascarpone 6€), aromatizado com o sabor leve da hortelã. O Napoleão mil folhas (8€), uma opção mais clássica, mas igualmente leve, foi o ponto final perfeito para esta refeição que se quer feita sem pressas e, de preferência, em boa companhia. Mais que não seja da cidade.
Veja o que comemos
* a MAGG visitou o espaço a convite do Scarlett Porto