Em julho de 2020, em plena pandemia, Vítor Fonseca criou no Instagram a iniciativa #$LovesArt, e usou a sua plataforma para a divulgação do trabalho de artistas em ascensão. O bailarino e coreógrafo de 41 anos falou com a MAGG neste que é o Dia Mundial da Arte e partilhou as suas motivações e inquietações.
"Sempre que existe uma fase mais complicada, os artistas renovam-se. E a forma de expor o trabalho renova-se. Achei que isto seria uma ótima oportunidade para se renovar a forma como se expõe os artistas, a forma como se apresentam os artistas ao público", começa por explicar. E essa forma foi, porque o País estava confinado e mais atento às redes sociais, usar o Instagram.
Cifrão explica que foi descobrindo os criadores nas redes sociais e através de recomendações de amigos. Dessas recomendações vieram outras e o passa-palavra funcionou de forma eficaz, criando uma comunidade online de promoção e divulgação de talentos emergentes. "O feedback é muito bom, sobretudo de parte das pessoas que descobrem os artistas comigo. Agradecem-me por ter dado a conhecer aristas com os quais elas se identificam", salienta o bailarino e coreógrafo.
E porque estamos prestes a entrar na terceira fase de desconfinamento, com a abertura progressiva de salas de cinema e espetáculos, galerias de arte e museus, Vítor Fonseca salienta a importância não só da divulgação mas do apoio direto do público aos artistas. Em termos simples, é preciso pagar para ver.
"A única forma de nós contribuirmos para que as áreas artísticas se fortaleçam é ver mais arte, é assistir a mais arte, é não abandonar as artes. É continuarem a pesquisar, a partilhar coisas sobre os artistas que gostam, continuarem a pagar para terem acesso aos artistas, porque os artistas têm de por comida na mesa. Isso é muito importante também. se continuarmos a apoiar e a divulgar os artistas, a assistir a exposições, a concertos, a todas as formas artística faz com que a comunidade artística cresça, se fortaleça e não se vá abaixo nesta altura complicada", conclui.