A partir do próximo ano, as crónicas de Ricardo Araújo Pereira vão passar a compor as páginas do "Expresso", depois de 17 anos a publicar na revista "Visão", com quem colabora desde 2004. A notícia foi conhecida esta sexta-feira, 17 de dezembro, através do próprio jornal, pela voz do seu diretor, João Vieira Pereira.

"Pelo seu extraordinário talento, o Ricardo Araújo Pereira vai tomar a opinião do 'Expresso' ainda mais interessante e única. Estamos a dar aos nossos leitores uma visão estimulante sobre a atualidade ou sobre tudo aquilo que o Ricardo quiser escrever", diz o diretor.

A primeira crónica vai ser publicada na revista do semanário, do Grupo Impresa, já na primeira edição de janeiro, que assinala os 49 anos do jornal. O humorista e apresentador do programa de entretenimento "Isto é Gozar Com Quem Trabalha", da SIC, descreve "uma contratação lamentável do 'Expresso' que mancha, de forma irreversível, a reputação de uma instituição séria". É isso, no entanto, que o faz estar "ansioso por começar".

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Ainda que a sua carreira tenha começado como jornalista, no "Jornal de Letras", Ricardo Araújo Pereira viria a assumir o compromisso com o argumentismo e o humor em 1998. Em 2003, juntamente com Tiago Dores, Zé Diogo Quintela e Miguel Góis, deu corpo ao formato de sucesso "Gato Fedorento", na SIC Radical.

Desde então, idealizou, encabeçou e protagonizou formatos televisivos como "Esmiúça os Sufrágios" (SIC), "Melhor do que Falecer" e "Gente Que Não Sabe Estar" (ambos para a TVI), antes de regressar à SIC para "Isto É Gozar Com Quem Trabalha", que escreve em conjunto com Cátia Domingues, Joana Marques, Guilherme Fonseca, José Diogo Quintela, Cláudio Almeida e Manuel Cardoso.

Entre 2012 e 2019, assumiu o formato "Mixórdia de Temáticas, na Rádio Comercial, e desde 2012 que faz parte do painel de comentadores de "Governo Sombra" que agora, e por questões legais, se chama "Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer" e que faz parte da SIC.

Na escrita, Ricardo Araújo Pereira tem créditos firmados com a publicação de vários livros como "Boca do Inferno", publicado em 2007, ou "Novas Crónicas da Boca do Inferno", publicado em 2009, que lhe valeu, em 2013, o Grande Prémio da Crónica.

A esse livro, seguiram outros como "A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram Num Bar", em 2016; "Reaccionário com Dois Cês", em 2017; "Estar Vivo Aleija", em 2018; e "Idiotas Úteis e Inúteis" que, publicado em 2020, junta várias crónicas do humorista que os leitores nunca tiveram oportunidade de ler até então.