Quando Marcelo Rebelo de Sousa tomou o País nas mãos, começou uma nova era. A era em que se tornou normal tirar selfies com o Presidente da República, a era em que o mesmo presidente almoça no Minho e, no mesmo dia, inaugura uma qualquer infraestrutura no Algarve, e a era em que nunca foi tão fácil ter acesso aos jardins que, até aqui, eram exclusivos da presidência.

Foi em 2016, ano em que tomou posse, que Marcelo Rebelo de Sousa abriu pela primeira vez ao público os jardins do Palácio de Belém, para uma feira do livro que se realiza desde então em parceria com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e com a colaboração da Cinemateca e das Bibliotecas Municipais de Lisboa

Este ano, a Festa do Livro acontece de 30 de agosto a 2 de setembro e conta, como habitualmente, com uma programação que vai dos livros à comida, passando por concertos e atividades para as crianças.

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Ao longo de quatro dias estão previstos debates, projeção de filmes, sessões de poesia e até uma ligação direta ao Jardim Botânico Tropical, que habitualmente tem entrada paga.

Nas duas primeiras noites, quinta e sexta-feira, serão exibidos arquivos da Cinemateca sobre a história de Portugal. Já no fim de semana, as noites estão reservadas para a música, com Camané a atuar no sábado às 22 horas e António Zambujo e Miguel Araújo no domingo, às 21 horas.

Durante o dia há jogos tradicionais, jogos de mesa e sessões de contos para entreter os mais pequenos e debates ao fim do dia para os crescidos. Na sexta o tema é "O Passado é um País Estrangeiro", com os escritores Hélia Correia e Mário Cláudio e moderação de Ana Sousa Dias. No sábado, Dulce Maria Cardoso, Filipa Melo e Valério Romão reúnem-se para falar de "Histórias Extraordinárias" e , no domingo, o tema do debate é "A Europa é Nossa?", com a presença de Paulo Rangel, Rui Ramos e Rui Tavares e moderação de Pedro Mexia.

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E já que são os livros a dar o mote a este encontro de portas abertas, convém saber o que esperar de quatro dias de feira. Vão estar presentes 50 editores em mais de 80 bancas, com sessões de autógrafos a ocupar grande parte do dia. Alice Vieira, por exemplo, e Inês Simas, autora do blogue de comida saudável Cru com Pinta, vão estar a dar autógrafos logo na quinta-feira às 18 horas. Na sexta, é a vez de Deana Barroqueiro, autoria de romances históricos, às 18 horas, e do vencedor do Prémio Pessoa Mário Cláudio, às 19h30.

No sábado, a lista de autores é longa. Destacamos Ruth Manus e José Milhazes às 15 horas e, no domingo, os vencedores do Prémio Leya, João Pinto Coelho e Nuno Carmaneiro (16 horas e 19h30, respetivamente).

A entrada é livre e a feira está aberta das 18 às 22 horas na quinta, sexta e sábado das 11 à meia-noite. Domingo encerra às 22 horas.