
Desde 1991 que o Zoomarine entretém famílias. 34 anos depois, o que começou com sete hectares alastrou-se por 26. Este parque oceanográfico fica na Guia, na zona de Albufeira, e atrai milhares ao Algarve todos os anos (com 620 mil visitantes anuais, em média, e mais de 15 milhões desde a abertura).
Com capacidade para até 12 mil pessoas, é visitado tanto por portugueses (51%) quanto por estrangeiros (49%), segundo disse à MAGG o diretor de marketing, Hugo Brites, que recomenda a visita ao fim de semana, principalmente em agosto, para uma experiência mais tranquila. "O parque não se consegue visitar num dia", avisa.
"Quando abrimos, não existia nada no Algarve além de sol e praia. As nossas principais atividades eram apresentações zoológicas. Sempre complementámos a componente zoológica com a da diversão. Tiramos as pessoas da praia para virem conhecer um bocadinho mais do ambiente animal", afirma o diretor de marketing.
Nesta empresa familiar, fundada por Pedro Lavia, privilegiam a sustentabilidade (sendo que cerca de 50% da energia elétrica é obtida com painéis fotovoltaicos), a educação ambiental e a conservação da vida dos oceanos, das suas espécies e dos seus habitantes. Em 2002, inauguraram o primeiro centro de reabilitação de espécies marinhas em Portugal.
"Eles comem melhor do que eu. Todos os dias vão ao médico, ao nutricionista", menciona Hugo Brites, quanto aos cuidados que os animais recebem no Zoomarine, que já lhe valeram diversas distinções científicas e que conta com um hospital veterinário para animais da casa, mas também de fora, para tratar tartarugas que estão em reabilitação no Centro de Reabilitação de espécies marinhas do Parque.
"No Zoomarine, educamos através da diversão", reforça, sobre este parque "muito temático". "A questão da tematização é muito importante para contar histórias e ir à descoberta", continua. Todos os anos, de junho a setembro, fazem campos de férias para 692 crianças dos 6 aos 15 anos, cujas inscrições "esgotam no próprio dia".
"Temos áreas para crescer até aos 32 hectares. Estamos a pensar construir um hotel e dividir o parque em dois", revela, criando essa cisão entre a componente educativa e zoológica e a da diversão. Além disso, pretendem ter "mais atrações sem água para o parque estar aberto o ano todo". Neste momento, encerra de novembro a março.
As entradas de um dia no parque custam 22€ (época baixa) ou 28€ (época alta) para crianças até aos 10 anos ou maiores de 65, 32€ ou 38€ para pessoas dos 11 aos 64 anos e 16€ ou 19€ para pessoas com incapacidade declarada. Dois dias custam 34€ ou 30€ dos 44€ aos 50€.
Ao visitar o Zoomarine, não se esqueça de descarregar a app gratuita do parque, onde pode consultar os horários e o mapa. Pudemos visitá-lo pela primeira vez em junho e reunimos uma mão cheia de razões pelas quais também terá de lá passar nos próximos tempos:
1. Os espetáculos didáticos
O Zoomarine dinamzia uma série de espetáculos onde o entretenimento está garantido (e sempre com um cunho didático). É o caso, por exemplo, do Upbeat, que estreou no ano passado e que aborda conservação da floresta tropical através da dança, da imagem, do som e de personagens mascaradas de espécies que por ali vivem.

Este musical junta-se à Baía dos Piratas, cujo êxito a faz permanecer no programa do parque há 12 anos, com duas a três exibições por dia. Estas apresentações agradam a todas as gerações e é possível conhecer as personagens no final, como se de um Meet&Greet se tratasse.

2. Os habitats naturais imersivos
Este parque temático conta com vários habitats naturais que nos permitem uma autêntica imersão, do Américas (com aves tropicais) ao Oceanus (com criaturas marinhas) e sem esquecer o Butterfly Garden (o borboletário).
Este último existe desde 2022 e tem entre 20 a 30 espécies diferentes de borboletas, exóticas e tropicais, que perfazem um total de 600 e que voam livremente de árvore em árvore, fazendo corredores pelos quais os visitantes passam. É uma experiência mágica.
No Oceanus, que utiliza água do mar, podemos ver corais vibrantes, peixes coloridos, pequenos e maiores, tubarões, cobras marítimas e até alimentar raias.
3. As diversões para toda a família
No ano passado, o Zoomarine inaugurou uma montanha-russa aquática, que apelidou de Iguaçu, em homenagem às cataratas que se espalham pelo Brasil e pela Argentina. Esta atração funciona de 1 de abril a 31 de outubro e conta com descidas empolgantes.
Não faltam escorregas (como o Quetzal), piscinas (como a de ondas) e rios para descer com bóias ao longo de horas e horas, para os mais aventureiros e também para os que preferem uma experiência mais calma. Até pode nadar na praia artificial, com água do mar, e visitar a zona com dinossauros em escala real (que se mexem).
4. A interação com os animais
Os habitats naturais imersivos permitem-nos estar muito perto dos bichos, assim como as apresentações (como a das aves tropicais e a das focas e leões marinhos, onde o Anubis rouba todo o protagonismo). Mas o expoente máximo desta proximidade são os encontros com os golfinhos.
Existem três programas para os conhecer, onde pode estar dentro de água com eles, tocar-lhes, assistir aos truques e tirar dúvidas. Estas experiências para a partir dos 6 ou dos 8 anos duram uma hora ou 90 minutos e podem ter até 12, dez ou dois participantes, numa versão ainda mais intimista.
Os preços começam nos 125€ (online) ou 137€ (no parque), em época baixa (de 13 de março a 31 de maio e de 1 de outubro a 29 de novembro) e nos 145€ (online) ou 157€ (no parque), em época alta (de 1 de junho a 30 de setembro), para a versão mais barata desta experiência.
O pack premium custa desde 160€ online ou 172€ no parque, em época baixa (de 13 de março a 31 de maio e de 1 de outubro a 29 de novembro), ou desde 180€ online ou 192€ no parque, em época alta (de 1 de junho a 30 de setembro).
5. As várias comodidades
O Zoomarine está construído para proporcionar dias de conforto, descanso e diversão às famílias. Ao contrário do que é habitual, permite a entrada de comida, caso queira trazer as refeições já prontas de casa e degustá-las no parque de merendas.
Senão, pode alimentar-se pelo parque, em alternativas com hambúrgueres, pizzas ou até no Bamboo, o restaurante de self-service onde encontrará pratos mais comuns, como bacalhau, rissóis, lasanha, massas, batatas fritas e carnes.

Existem diversos espaços verdes onde pode erguer o seu chapéu de sol, assim como espreguiçadeiras, posto de primeiros-socorros, ATM, lojas de merchandising, cacifos para alugar e muito mais serviços.