A L'Agence, agência de modelos que opera em Portugal desde 1988, realiza todos os anos um concurso de modelos para descobrir caras novas. O primeiro casting do Go Top Model 2025 aconteceu em maio e o segundo está marcado para 8 de julho, das 10 às 18 horas, no hotel InterContinental Lisboa (e ainda vai a tempo de se inscrever).

Podem participar neste concurso todos os rapazes e raparigas entre os 14* e os 22 anos, sendo que existe um limite mínimo de altura de 1,70m para as raparigas e de 1,80m para os rapazes.

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Falámos com a diretora da L'Agence, Elsa Gervásio, para perceber como funciona todo este processo. "É importante para uma agência de modelos apresentar caras novas todos os anos, e isso nem sempre é fácil se não tivermos estas ações. O Go Top Model não é um concurso de beleza; é um concurso de uma agência de modelos que está interessada em descobrir caras que possam trabalhar no mercado de Portugal e internacional", começou por explicar-nos.

É possível aparecer no próprio dia do casting sem ter feito inscrição, embora possa realizá-la online. "O casting é uma coisa muito simples e rápida", afirma a diretora da agência, que garante que não há elementos limitativos como piercings, aparelho ou tatuagens. Uma vez lá, vai preencher uma ficha de inscrição e vão tirar-lhe as medidas (altura, peito, cintura e anca). Será atribuído um número a cada candidato e todos serão fotografados para registo. Nesta fase, farão uma breve apresentação com o júri, que lhes pedirá para desfilarem (como quem diz andarem para a frente e para trás).

E se não tem experiência, não se preocupe. "Não estamos à procura de modelos profissionais. Estamos à procura de potenciais modelos. É normal que uma miúda de 14 anos não tenha experiência. São as mais apelativas para nós, porque gostamos de fazer trabalho de início, de podermos moldar e formar para atingirmos os objetivos a que nos propomos", garante a diretora da agência.

"Temos muita gente que vai ao casting porque realmente gosta da área e acha que tem perfil para vir a trabalhar como modelo, outras acham que a moda pode ser um início de uma carreira que pode evoluir para a representação. Também há pessoas que vêm com consciência de que não têm o perfil para modelo, mas sabem que podem trabalhar como comerciais mais vocacionados para publicidade e aproveitam o casting para se dar a conhecer", nota a diretora da L'Agence.

Elsa Gervásio, sócia e diretora da L'Agence
Elsa Gervásio, sócia e diretora da L'Agence créditos: © Rita Almeida, all rights reserved

Terminados os castings, serão selecionados 20 finalistas para o desfile final, escolhidos por um júri interno composto por Elsa Gervásio, pelo headbooker, Luís Graça, e por um convidado da área. Os critérios passam por fatores como a imagem — se fica bem nas fotos ou tem uma cara fotogénica — e atitude da pessoa — se é mais descontraída, confiante ou tímida, por exemplo. No fundo, vão averiguar de que forma podem trabalhá-la e transformá-la numa modelo.

Os 20 finalistas que chegarem ao desfile final serão todos agenciados, apesar de apenas dois vencerem o concurso (um rapaz e uma rapariga). Aqui, o júri é outro: além de Elsa Gervásio e Luís Graça, juntam-se ao painel uma pessoa da área, uma figura pública e alguém do El Corte Inglés, um dos parceiros, que patrocina os castings.

O desfile final, como um de moda, acontecerá em setembro, em local a anunciar. No início desse mês, todos os finalistas farão uma sessão fotográfica. "É um primeiro ensaio dos concorrentes, no contacto com o estúdio fotográfico. Fotografam dois ou três looks e essas fotos são utilizadas por nós como a primeira rampa de lançamento dos modelos. Enviamo-las para os clientes como os primeiros cartões de visita que têm para começarem a trabalhar", elucida-nos Elsa Gervásio.

Os 20 finalistas assinam um contrato de representação com a L'Agence e "a partir daí, tudo pode acontecer". "Começam por fazer castings para publicidade para se perceber a atitude, a fotogenia, como fazem os castings e qual o feedback que têm. Depois, evoluem para um ou dois testes fotográficos para book de modelo", descreve Elsa Gervásio.

Caso exista o potencial para a área da moda, são propostos para casting, apresentados ao cliente e começam a ser chamados para locais como Milão, Londres e Paris. "É um processo contínuo. Temos muitos finalistas a integrar a Moda Lisboa. Muitos a trabalharem muito bem lá fora, com experiências internacionais nos vários mercados", assegura.

"Este ano tivemos pessoas ótimas no primeiro casting. Quantas mais tivermos, melhor. Se do concurso sair uma cara que possa trabalhar lá fora e tenha realmente este perfil, já é um processo ganho", crê a diretora da L'Agence.

O Go Top Model já passou por locais como o Museu da Eletricidade, o Espelho de Água, o Time Out Market, o Ferroviário, a Galeria de Arte 284 e o Jardim Tropical de Belém. "Associamos a cada final um tema de desfile e contamos uma história à volta do mesmo. Tentamos diversificar, com ideias giras e temas atuais", justifica Elsa Gervásio.

Em anos anteriores, chegaram a receber cerca de 250 pessoas num só casting. A primeira edição do Go Top Model aconteceu em 2013. Desde então, já mudou a vida de personalidades como Maria Miguel, Raquel Sampaio, Felmanha Correia, Vasco Faustino, Maria Clara, Catarina Santos, Amy Gambini, Martim Aletria, Aldivina Fernandes e Luana Moreira.

Independentemente de terem ou não vencido o Go Top Model, têm vindo a construir carreiras de sucesso a nível nacional e internacional e colaborado, em semanas da moda e não só, com marcas de renome como Gucci, Dior, Saint Laurent, Prada, Miu Miu, Tom Ford e Chanel.

Inscreva-se aqui no segundo casting do Go Top Model 2025

*Quanto aos menores, os pais terão de assinar uma declaração em como estão autorizados a participar no concurso.