Como é que é possível que tanta gente consiga estar no NOS Alive e não haja falhas de rede durante a publicação de fotos no Instagram, nas chamadas ou no envio de vídeos dos concertos ao amigo que, sabe-se lá porquê, decidiu ficar em casa? O segredo está na tecnologia, nos equipamentos e nas equipas que, diariamente, trabalham nos bastidores para que nada falhe no festival.

E tecnologia é coisa que não falta. A poucos dias do arranque da nova edição do NOS Alive, que este ano vai ocupar o Passeio Marítimo de Algés entre 6 e 8 de julho, a MAGG visitou o recinto para perceber que tecnologia está envolvida nas preparações para que assim que a música começar a tocar, a rede nunca falte a chamada à festa.

Vamos a números? Há seis palcos, mais de 200 stands espalhados pelo Passeio Marítimo de Algés e, por detrás disso, toda uma preparação extra que a MAGG pôde acompanhar em tempo real.

Aos 300 equipamentos de rede juntam-se os mais de 100 especialistas que, em conjunto, trabalham para garantir que não há um festivaleiro a queixar-se de falta de internet durante os três dias. E começou tudo a 2 de maio quando, uma grande equipa de trabalhadores da NOS, se deslocou ao local para a instalação da rede — uma tarefa monumental cuja complexidade não passa, vamos arriscar dizer, pela cabeça dos festivaleiros que contam marcar presença na edição deste ano do NOS Alive.

Sabia, por exemplo, que tudo o que são serviços prestados no festival — como os stands, os palcos ou até a transmissão televisiva que fica a cargo da RTP —, utilizam uma rede fixa para cumprir as suas funções?

“Porque é que isso é importante?”, pergunta? Porque são menos recursos a sobrecarregarem a rede móvel. Vamos outra vez a números? Estamos a falar de seis palcos e mais de 200 stands, cada um com internet e componente eletrónica própria.

“Então, a rede móvel é para quem?”. Pergunta bem. E a resposta é fácil: apenas e só para os festivaleiros. É este um dos grandes segredos do NOS Alive.

A rede móvel é só dos festivaleiros que vão ao NOS Alive

Alguma vez se perguntou como é que é possível estar tanta gente num festival, e mesmo assim, ser possível aceder à rede para fazer chamadas, posts nas redes sociais ou videochamadas sem quaisquer falhas de rede? Agora já sabe a resposta.

Foi implementado um reforço de rede móvel 4G e rede móvel 5G em quatro estações na zona de Algés para que os visitantes do NOS Alive tenham uma experiência perfeita até na entrada e saída do recinto.

Mas a verdadeira magia acontece através das small cells. Não ouvimos falar nelas, mas elas estão espalhadas pelo recinto a fazer o trabalho dos deuses. As small cells são aparelhos de pequena dimensão, mas que são verdadeiras campeãs no que toca a transmitir dados a uma velocidade elevada em zonas com muita gente, como o palco secundário do NOS Alive.

Basta uma pequena “caixa” destas junto ao palco para que, durante um concerto, 20 mil pessoas consigam estar a fazer diretos ou a publicar histórias no Instagram em simultâneo.

Mas nem só de pequenos aparelhos se faz o festival.

Na pausa entre concertos, quando passeia pelos corredores do recinto para ir até à zona da restauração ou quando precisa de fazer uma chamada para encontrar um amigo que se perdeu numa ida à casa de banho, há que garantir que não fica offline nem por um segundo.

Há um camião no NOS Alive que é uma autêntica sala cheia de tecnologia

É aqui que entra o camião OTW, ou On The Wheels, que em português significa Sobre Rodas. A diferença deste para outros, é que este camião está transformado numa sala técnica que faz a cobertura móvel no recinto.

Por dentro, está totalmente equipado com bastidores, servidores, equipamentos e rádio. Whaaaaat? Também ficámos assim.

NOS Alive
OTW créditos: Rita Almeida/ MAGG

Este é um dos grandes segredos das operadoras que, especialmente no verão, nesta época de festas, festivais e eventos em que se juntam muitas pessoas num só local, precisam de garantir que todos têm acesso à rede móvel. O autocarro anda praticamente em tour pelos festivais e eventos mais badalados em que é necessário reforçar a cobertura móvel.

Além disso, existe ainda no NOS Alive uma grande torre de rede móvel que abrange o Palco Principal. É tão grande que, quem a vê, nem imagina que chega ao recinto toda desmontada às peças, através de uma grua, e que demora dois dias a ser erguida com a ajuda de uma equipa de oito trabalhadores.

À semelhança das small cells e do OTW, esta torre também fornece rede móvel.

Todas estas infraestruturas trabalham em simultâneo para que seja possível desfrutar de uma cobertura a 100% em todo o recinto.

Isto significa uma coisa muito simples (e que adoramos ouvir) — não existem zonas mortas sem rede e as suas publicações nas redes estão a salvo. Ufa.

NOS Alive
Torre de rede móvel créditos: Rita Almeida/ MAGG

No NOS Alive há mais de mil quilómetros de fibra ótica

É possível ter a certeza de que nada corre mal? Certezas, certezas, ninguém tem. Mas é possível prever e prevenir desastres.

No recinto do NOS Alive, estão instaladas duas poderosas salas técnicas, com uma capacidade expansível até 200 gigas cada, e que desempenham um papel vital no chamado “disaster recovery”. No fundo, é aquela sala a que os técnicos vão recorrer caso haja imprevistos. E há sempre pelo menos uma.

Assim não temos de temer pelo bom funcionamento dos concertos e de toda a envolvência que vai desde as ligações aos stands até à segurança.

Existem três tipos de serviços dentro dessas salas que funcionam de forma contínua para garantir que tanto artistas como festivaleiros tenham uma experiência inesquecível. Primeiramente, a rede móvel que é fornecida a todos os visitantes do NOS Alive.

Em segundo lugar, existe a rede ponto a ponto que utiliza fibra ótica (no total são mais de 1.200 quilómetros de fibra ótica) para estabelecer ligações de alto débito entre dois pontos específicos. Isto é essencial para garantir a eficiência de ligações importante como as com o palco, as ligações para parceiros que requisitam serviços especiais nos stands de ativação e até mesmo para a segurança, câmaras e validação dos bilhetes.

Por último, mas não menos importante, existem os serviços em FTTH (Fiber-to-the-Home) — que é a tecnologia banda larga que temos em casa — e que são solicitados pelos stands que escolhem a quantidade de megas que querem para os dias em que estão no festival.

O sistema de monitorização que funciona 24/7

Mas quer outra curiosidade mesmo fixe que descobrimos na nossa visita ao recinto do NOS Alive? A equipa de monitorização da rede do festival tem dois tipos de monitorização: um para rede fixa e outro para rede móvel que consegue identificar dados e curiosidades como, por exemplo, quais os serviços ou equipamentos que estão online e offline, ou quais as redes sociais que estão a ser mais utilizadas pelos festivaleiros durante o evento.

Tudo isso é possível graças ao sistema de monitorização do NOS Alive que funciona 24 horas por dia. Mais: através do header map, é possível perceber se o serviço está a funcionar bem ou se está em modo preguiçoso. Confuso? Vamos explicar.

Quando há um serviço de rede fixa que decide cair inesperadamente, a equipa recebe um alerta via SMS que indica quão crítico é o problema e qual o parceiro afetado. E com isto, conseguem reagir no imediato perante essa eventual avaria.

Está tudo montado para que seja possível perceber, ao segundo, qual está a ser o tráfego de rede fixa e móvel. Este sistema de controlo funciona quase como um radar que emite um alerta no caso de haver um parceiro que está a gastar mais rede do que é suposto e precisa de um reforço.

Quem nunca teve de estender o plafond de dados móveis? É quase a mesma coisa. Fascinante.

O NOS Alive vai decorrer entre 6 e 8 de julho.