Com o ritmo alucinante a que levo o meu dia-a-dia, se há programa que me sabe bem é refugiar-me um fim-de-semana no campo. Na região oeste do nosso País, na Serra de Montejunto, descobri a ArtVilla, o primeiro projeto pioneiro de turismo rural no concelho do Cadaval. Assim que cheguei, fui simpaticamente recebida por Maria do Céu Carvalho e por Joaquim Pinto Carvalho, os proprietários do espaço, que nos ajudaram logo com várias dicas de restaurantes e de sítios para visitar.

ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo

Muito orgulhoso, Joaquim ainda me contou que este é um projeto arquitetónico da sua filha, a decoração é da responsabilidade da sua mulher e que o portão e a caixa de correio foram desenhados pelo próprio. Aliaram a família e o amor à coragem e à vontade, e isso sente-se em cada descrição que fazem deste projeto.

ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo

Em Vila Nova, este alojamento dispõe de quatro casas, sendo que três são apartamentos independentes e a quarta funciona como a casa-mãe, o edifício principal. Todas elas com um pátio comum com terraço, uma pequena piscina, forno a lenha, barbecue e um cantinho de leitura. Parte do espaço pertencia aos avós de Maria do Céu e foi, em 2012, que decidiram avançar com a compra total e dar asas a um projeto familiar que ainda hoje se mantém e que está aberto o ano inteiro.

ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo
ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo
ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo

Cada casa herdou o nome das atividades agrícolas que antes se praticavam: padaria (estúdio), adega (loft), moinho (T1) e casa do forno (4 quartos + 1 suite). O preço por noite varia entre os €75 e os €120, dependendo se for um quarto apenas ou se for um apartamento total (o Moinho é o mais completo). Todos os apartamentos estão muito bem equipados, com kitchenette e casas de banho.

Gostei muito de conhecer a ArtVilla. Não só por estar em contacto direto com a natureza, mas porque senti que fazia parte daquela família. É uma experiência que aqui se vive, desde que acordamos até ao deitar. O ambiente é muito familiar e pacato. Nunca me vou esquecer dos pequenos-almoços caseiros que foram preparados com tanto carinho. Sempre acompanhados de uma boa conversa por este querido casal... Encantadores!

ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo
ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo

Também é possível alugar uma bicicleta e partir à descoberta pelos arredores. A Serra de Montejunto é sem dúvida o ex-libris da região, onde conseguimos ver de um lado o oceano e do outro a lezíria do Ribatejo. O cimo da serra é imperdível... tive a sorte de lá ir passear no fim de dia e assistir a um pôr-do-sol indescritível.

ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo
ArtVilla, refugiei-me dois dias no campo

Aqui perto, também podemos visitar a Real Fábrica do Gelo (monumento nacional único no País; onde era fabricado o gelo que ia para a corte em Lisboa) e o Bacalhôa Buddha Eden (o maior jardim oriental da Europa).

Quanto a restaurantes, também existem várias opções, tais como o Dom José no Bombarral (onde jantei extraordinariamente bem), a Quinta do Gradil (onde fazem enoturismo) e o Garcia da Serra que é um restaurante típico da zona.

Apesar do frio e do vento, foram uns dias que me aqueceram o coração. Vivi sossego e tranquilidade e passei horas a usufruir da paisagem. Não é um concelho virado para o turismo, mas sim um concelho totalmente rural (onde predomina o cultivo da vinha e da pera rocha). E é por ser esta a sua verdadeira essência que se torna uma agradável descoberta para quem aqui passa. Com sorte, ainda trocam uns bons minutos de conversa com Maria do Céu e com Joaquim, provam refeições caseiras, ouvem histórias e tornam os vossos dias mais especiais do que estavam à espera... tal como os meus.

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