Ganga é aquele material muito pouco amigo do ambiente, mas que, dos casacos às calças, todos temos no armário. É que para fazer apenas um par de calças é preciso quase 6.000 litros de água, segundo a "Envirotech". Para inverter essa tendência, a Mango criou uma linha mais sustentável.
É uma coleção cápsula, que oferece diferentes peças de ganga para mulher, como calças, saias, macacões e coletes. Toda a linha foi beber inspiração aos anos 2000, pelo que as cinturas baixas, os pormenores cargo e desfiados, e os cortes oversize são os protagonistas.
No que à sustentabilidade diz respeito, as peças foram concebidas com um único tipo de fibra (100% algodão, sendo que pelo menos 20% é de origem reciclada). Também foram descartadas as tradicionais etiquetas de papel, substituídas por um gráfico explicativo. Como o objetivo passa pela diminuição dos tecidos que restam a desenvolver as peças, foram todas criadas com uma tecnologia de desenho digital 3D – e a utilização de produtos químicos e de água também foi minimizada.
Este é mais um dos passos que a marca dá em direção à sustentabilidade, que está em linha com uma estratégia que tem vindo a pôr em prática, a Visão Sustentável 2030. Entre várias etapas, a meta final é esta: até 2030, a Mango quer que os critérios da circularidade estejam presentes nas suas coleções e que a totalidade das fibras usadas sejam de origem sustentável ou reciclada.
Para completar o círculo de medidas sustentáveis, existem mais três linhas de ação. Uma delas é a Give it back to the loop, que visa a criação de peças com desenhos mais simples, com um único tipo de fibra ou menos acessórios, fazendo com que sejam mais fáceis de reciclar. Já a Extended life aposta na criação de peças intemporais, aumentando ao máximo a sua duração. Já a No Waste foca-se na maximização dos materiais usados e na reincorporação de resíduos têxteis.
A coleção já está disponível no site da Mango e em algumas lojas selecionadas do País, como a da Praça dos Restauradores, em Lisboa.