Há cerca de três anos, Joana Pinto Coelho, atualmente com 23, registava o nome da sua marca: Banana Split. Na altura, estudava Marketing e Publicidade e já tinha uma ideia daquilo que queria, mas "a vida aconteceu" e nunca pôs nada em prática.
O tempo foi passando e, em 2018, ao procurar por um hobby, inscreveu-se num curso de costura. "Entretanto, continuei a estudar, arranjei um trabalho numa agência de gestão de redes sociais, mas com a pandemia, tive de sair da empresa e achei que era a melhor altura para fazer aquilo que sempre quis", conta a empreendera à MAGG.
Joana, que não se sentia suficientemente motivada para trabalhar na área em que se licenciou, pôs mãos à obra e conquistou assim, pela primeira vez, uma rotina pela qual se apaixonou. Desde o desenho dos padrões à costura, sem esquecer a preparação das encomendas, faz de tudo (e tudo mesmo) na Banana Split.
"Sempre quis que assim fosse, porque apesar de ser muito gira a parte da gestão da marca, o que eu gosto mesmo é de confecionar", explica. "Claro que quero que a minha marca cresça, mas mesmo que isso aconteça, quero que tudo tenha a minha mão. É super terapêutico para mim."
O nome da marca foi inspirado numa sobremesa que a jovem comia no Algarve, durante o verão, e que descreve aquilo que é a sua essência — colorida e divertida. Da primeira linha, destacam-se aquilo que Joana apelidou de "pufes-mochila", que têm a particularidade de ter duas alças, para fácil transporte, e ainda um botão para apertar de forma a existir um compartimento perfeito para encaixar a toalha de praia. No caso de se sujarem, os pufes, existentes em oito modelos diferentes, possuem um fecho pelo qual dá para retirar o saco de enchimento.
Além deste produto vencedor, Joana criou ainda bolsas impermeáveis, e sacos e chapéus reversíveis. "Os chapéus, infelizmente, ainda só tenho num tamanho, que é o médio. Até agora, não consegui aventurar-me mais nisso", esclarece.
Para tornar a Banana Split mais amiga ambiente, a embalagem das encomendas são feitas de caixas reutilizadas. "As pessoas recebem caixas e deitam fora, ou vão amontoando no fundo do roupeiro para o caso de precisarem, mas nunca ninguém precisa", diz. "Pensei: quão difícil seria recolher x caixas? E foi facílimo. Bastou-me falar com 20 amigos e consegui com uma facilidade gigante recolher 200 caixas. Depois, pintei-as, para apagar as marcas e dar alguma identidade."
"No futuro, claro, gostava de levar isto mais para a frente", continua. "Mas como é o primeiro ano, e essas coisas mais sustentáveis têm um custo mais elevado, achei que poderia começar por aqui, que é o que está mais ao meu alcance."
Com preços que compreendem os 15€ e os 49€, todos os acessórios da marca estão disponíveis no site.