Poucos dias antes de se dar início à 55.ª edição da ModaLisboa, a organização fez questão de explicar que a transmissão do evento iria ficar a cargo de quatro embaixadores: Cleo Pires, Rui Maria Pêgo, Renato Duarte e Catarina Palma. O que não sabíamos é que alguns dos designers também optaram por eleger embaixadores para os ajudar durante o evento.
Inês Castel-Branco foi eleita para ser embaixadora do estilista Luís Carvalho e foi precisamente no dia do desfile, sexta-feira, 9 de outubro, que a MAGG a encontrou à porta do pavilhão Carlos Lopes. A atriz, que se mudou para a TVI, estava à espera do designer para que, juntos, pudessem descer até à Estufa Fria, uma vez que seria ali apresentada a nova coleção.
Com um fato azul escuro com umas discretas riscas finíssimas, a atriz explicou a necessidade de alguns designers terem optado efetivamente por um embaixador. Como o evento acontece também online, e muita gente ficou de fora da lista neste ano de pandemia, era preciso alguém que trabalhasse junto dos criadores para levarem a palavra mais longe. “É preciso alguém que esteja ao lado do estilista para colmatar, por exemplo, sítios onde eles não podem estar, ou para falar dos pormenores da coleção, ou até de como foi vista a pandemia por parte dos estilistas”.
Não acreditamos que tenha sido fácil, mas Inês Castel-Branco adiantou que Luís Carvalho atravessou um período de menos criatividade. “Acima de tudo, e como quase em todos os negócios, as vendas baixaram imenso, deixou de haver compradores. Para ele, a ModaLisboa foi uma lufada de ar fresco no sentido em que pôde criar uma coleção. A saída do confinamento foi, para ele, uma altura em que ficou mais criativo”.
Sobre a coleção não pôde adiantar muito, mas garantiu que havia um vestido muito especial. “Casava-me nele”, confessou. E outros ainda que espera poder usar em eventos futuros. “Eu gosto muito destas linhas mais masculinas que ele usa”, adiantou.
Sobre o evento em si, a atriz explicou que era o primeiro dia que tinha estado presente e disse ser “desolador” fazer um evento com poucas pessoas. “É um bocadinho desolador mas ao mesmo tempo dá para perceber que a estrutura ModaLisboa se adaptou de uma forma muito rápida e eficaz à pandemia”, afirmou. “Apesar disso, é desolador haver poucas pessoas a assistir, mas mantemos a esperança que estão a assistir em casa e, acima de tudo, que os criadores estão a chegar lá fora”.
Apesar do tempo estar contado, ainda conseguimos perguntar à atriz como está a ser o regresso à TVI. Explicou que ainda não começou a trabalhar, e que não pode desvendar nenhum detalhe, mas diz-se contente, entusiasmada e com “um nervoso miudinho que é normal”. “Vou para uma casa nova, uma empresa nova, uma produtora nova, mas bastante feliz com as poucas informações que me têm dado da histórias das personagens do elenco. Estou cheia de pica”.