Produzidos no Rio de Janeiro, no Brasil, fruto da conexão da criadora com o país, mas com sangue português e muita cor. São assim os modelos da nova marca de biquínis portuguesa SlowBikini. Lançada há cerca de dois meses, as criações de Filipa Macias, a CEO e fundadora da etiqueta, são já um sucesso, uma vez que vários modelos esgotaram aquando do lançamento.
Apesar de já estar na área da moda há cerca de três anos, nem sempre foi esta a realidade de Filipa Macias, que já foi professora de primeiro e segundo ciclo. "Sou do norte, mas só tive colocação em Lisboa, então estive dois anos a ir e vir", explica à MAGG. E embora a pandemia tenha sido prejudicial para uns, para a criadora foi o período em que sentiu o impulso para começar um projeto seu.
"Na pandemia, em 2021, eu tinha uma amiga, com quem tive a ideia de abrir uma loja", continua, dizendo que esta em nada tinha que ver com a roupa de praia. "Decidimos em janeiro ir para o Brasil, nada muito estruturado e foi aí que despertou o interesse", corrobora, acrescentando que, eventualmente, o projeto não funcionou e teve de começar do zero. Foi assim que nasceu a SlowBikini.
Dizendo que se mandou de cabeça para o projeto em conjunto com o marido, que é fotógrafo, bastou utilizar os contactos que tinha no Brasil para as coisas começarem a ganhar forma. Entretanto, depois de contactos com fábricas e das modelistas com quem trabalha, a marca começou a dar os primeiros frutos – e muito graças à sua criatividade, já que o processo de confeção, dos tecidos às silhuetas, está dependente do aval da fundadora.
"É tudo idelizado por mim. Elas [as modelistas] fazem o desenho, eu faço as alterações quero. Depois, fazemos vários testes e eu aprovo ou não", conta a criadora. "Compro os tecidos, arranjo as fábricas. É um trabalho muito exigente", continua. O resultado? Vários modelos (não todos, atenção) com propriedades que protegem do sol, bem como materiais recicláveis. Isto sempre com "muitas cores e uma vibração" que pisca o olho à cultura brasileira.
Veja os modelos
O melhor de tudo é que se trata de peças adaptáveis – não só em termos de uma transformação literal, mas porque podem ser usadas na rua. "Temos biquínis que se transformam numa terceira peça, num maiô. Essa versatilidade é um grande objetivo da marca. Além de querermos que as pessoas utilizem um biquíni não só na praia", explica-nos Filipa Macias, que frisa ainda que nem só destas peças vai viver a marca.
"No futuro, também queremos ter roupa desportiva, associada a um estilo de vida mais tranquilo", confirma. E este não é o único plano de mudança que os próximos tempos antecipam. "Eu quero produzir noutros sítios, porque dá-me muito gozo ver como é que esta área funciona nas várias partes do mundo, porque um biquíni não se produz só em Portugal ou só no Brasil", remata.