António Costa nunca fez nada na vida, além de ser um político profissional ligado a um partido do arco do poder. Não sabe o que é criar uma empresa, gerar postos de trabalho com o seu negócio, sem favores, adjudicações manhosas e avenças de amigos da mesma cor política.
António Costa não sabe o que é ver um negócio a faturar algum dinheiro e, depois, pagar impostos em cima de impostos, em cima de impostos, e ver o dinheiro gerado por essa empresa ir quase todo para os bolsos de um Estado guloso, que come tudo, que come tudo, que come tudo e não deixa nada.
António Costa não tem de lidar todos os meses com a frustração de não poder melhorar as condições dos seus trabalhadores porque aquilo que parecia ser um lucro simpático gerado pela sua empresa não chega sequer para pagar IVA, IRS, Fundos de Compensação, Segurança Social, adiantamentos por conta, IRC.
António Costa gosta de se apresentar como um bom samaritano que aparece de vez em quando a dar umas esmolas aos empresários, aos pensionistas, às famílias, mascarado com o seu fato coçado de antigo esquerdista, quando o que na verdade faz é (tentar) enganar toda a gente com malabarismos antigos que já só recolhem os aplausos da sua própria família (socialista).
António Costa adora passar a ideia de que somos um país super moderno que pode discutir semanas de trabalho de quatro dias, quando para milhares de empresas desde país não consegue juntar dinheiro só para pagar despesas e impostos mesmo com semanas de trabalho de cinco dias.
António Costa vende a toda a hora a ideia de que somos um país que cresce, que se aproxima do vanguardismo dos grandes da Europa, escondendo que Portugal é ultrapassado em quase todos os aspetos socio-económicos, ano após ano, por países que há uma década eram vistos por todos nós como pobres ou quase terceiro-mundistas.
António Costa enche a boca a falar de milhões que irão ser entregues às empresas quando na verdade muito poucas conseguem, sequer, ultrapassar toda a burocracia que vem associada aos pedidos de fundos, desistindo sequer de tentar obter os apoios, por manifesta incapacidade de saber como preencher papéis e mais papéis, formulários indecifráveis e andar de instituição pública em instituição pública atrás de cumprir com todos os requisitos.
António Costa não sabe o que é a vida de pequeno empresário, como muitos políticos não sabem, sobretudo os que insistem em ver o patrão (uma palavra diabolizada) como um abusador de pobres trabalhadores que conduz Ferraris e come lagosta com as mãos enquanto paga salários mínimos a quem para ele trabalha.
António Costa apresentou hoje um pacote de 1,4 mil milhões para ajudar os empresários nesta conjuntura difícil. No que me toca, pode agarrar na parte a que eu teria direito — afinal, tenho empresas e trabalhadores a meu cargo — e distribuí-la pelas empresas dos boys e filhos de boys socialistas. Se António Costa quer ajudar os empresários, então, mude de política e deixe-se de caridadezinhas. Olhe para o que fazem os países com economias mais robustas, salários mais altos, condições de vida melhores. Permita às empresas sobreviver, crescer com saúde, porque só assim podem pagar de forma digna aos seus trabalhadores e sonhar em ter semanas de quatro dias. Mais: permita-lhes terem saúde para quando vierem os picos inflacionistas as empresas não necessitarem que o Estado gaste 1,4 mil milhões em caridade para as tentar ajudar.
Os empresários, os pensionistas, as famílias não precisam da caridade socialista, não precisam de ajudas pontuais do Estado, precisam de políticas que ajudem o país e os portugueses a gerar a sua própria riqueza, com o seu trabalho, de forma justa e honesta.
Mas para entender isto, António Costa teria de ser empresário e não ser socialista. Mas isso nunca irá acontecer. Porque António Costa não sabe fazer mais nada do que ser político e porque António Costa sabe que se fosse empresário e não tivesse os “boys” para lhe concederem umas avenças, para lhe adjudicarem uns contratos “de consultoria”, não teria como sobreviver. Mesmo que tivesse, depois chegava o IVA para pagar e lá ia o negócio à vida. Ou os seus trabalhadores para o desemprego.