Esta segunda-feira à noite, 18 de novembro, fui ver a meteorologia para o dia seguinte e, como era de prever, precisamente no dia em que me esperavam 13,9 quilómetros e 19.094 passos, a previsão era de chuva moderada. Mesmo assim, de chapéu de chuva na mão e com uma tote bag por encher, dei início à minha aventura ao estilo do filme "À Procura do Nemo", mas numa versão mais moderna — "À Procura do Bagel".
Cheguei a Lisboa às 8h50 do dia seguinte e, com 12 locais de bagels pela frente, decidi tentar arranjar um plano eficaz: fazer o menor percurso, no menor tempo possível e com o meio mais económico para chegar até ao primeiro ponto: o Delibar, no Parque das Nações.
Descobri a opção de transporte perfeita quando me cruzei com uma bicicleta elétrica. Nunca tinha andando, não fazia a menor ideia de como funcionava ou do valor de uma viagem. Decidi arriscar: seria sempre mais rápido e em conta do que o metro, autocarro ou uma qualquer plataforma de transporte.
Não andava de bicicleta há cerca de quatro anos. Tentei apanhar o jeito e segui caminho. Àquela hora os clientes pediam os muffins vegan ou as taças de açaí do Delibar. Já eu, só queria o bagel simples e sem recheio. Foi o primeiro (de muitos) sítios onde perguntaram: "Não quer mesmo rechear com nada?".
Numa situação normal talvez optasse por acompanhar o bagel com salada, húmus caseiro ou queijo creme, mas um verdadeiro amante de bagel avalia-o pela massa. É o mesmo que pedir uma pizza cuja massa não é estaladiça e vem até gordurenta. Não há recheio que a salve.
Raffi's Bagels, Choupana, Fábrica dos Sabores. Delidelux, Mercearia da Mila, Nicolau, The Wave Factory, Bar do Clube — LRC ou do Brooklyn Lisboa. O que é que têm em comum? Fizeram todos parte do pré-ranking da MAGG para eleger os 10 melhores bagels de Lisboa. Da minha lista só saí de mãos a abanar do Wish Slow Coffee House, que preferiu não participar no ranking por considerar que não é a especialidade da casa. Já o Brooklyn Lisboa ficou lado a lado com o Raffi's Bagels porque o funcionário explicou-nos que era neste último que iam buscar os seus bagels.
Eram 14h50 quando cheguei à redação e, sem almoço tomado, estava mais do que na altura de começar a comer. Os critérios foram tão simples como os bagels: a textura, o sabor do pão, o facto de ser ou não demasiado doce ou salgado e a combinação do pão com as sementes. O preço não foi um dos critérios, porque varia conforme o recheio de cada estabelecimento.
O resultado está aqui. Mostramos-lhe os 10 melhores bagels de Lisboa, do pior para o melhor.