Em 2016, 13,7% das pessoas ativas em Portugal estavam em estado de burnout, afirma a Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional. No mesmo ano, 82% estavam em risco elevado de entrar em estado burnout, 11% em risco moderado e 3% em risco médio.
"Pessoas com personalidades mais frágeis, mais narcisistas, muito presas à performance individual e até mais perfeccionistas estão mais propensas a um burnout", afirma o psiquiatra Jorge Câmara ao "Observador". E o que é afinal o burnout, que este ano entrou para a lista de doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS)? Acima de tudo, é um esgotamento profissional. Devido ao stresse e trabalho, um indivíduo leva-se ao extremo da exaustão, até se desligar do mundo.
Alguns dos sintomas físicos do síndrome de burnout são, por exemplo, a sensação de estar sempre cansado, fragilidade do sistema imunitário, dores de cabeça, lombares e musculares frequentes, alterações no apetite e sono. A nível emocional este síndrome pode manifestar-se pelo constante sentimento de fracasso, derrota, desamparo, solidão, falta de motivação e negativismo.
O diagnóstico de burnout deve sempre ser feito por um especialista, no entanto há alguns sinais que podem deixá-lo alerta — e incentivá-lo a procurar de imediato ajuda. Da falta de tempo à sensação de que é insubstituível, descubra se está em risco de ter um esgotamento profissional.