Já não é propriamente uma novidade, pois são vários os estudos que provam que o sono dos pais é afetado pelo nascimento de um filho. Do mesmo modo, também conhecemos alguém que acabou de ser pai ou mãe e que se queixa disso mesmo. Agora, um novo estudo não deixa dúvidas: seis anos depois do primeiro filho, os pais ainda não recuperaram as horas de sono.
Publicada na revista "Sleep" a 14 de janeiro, e divulgado este sábado, 16 de março, pelo site do canal de notícias norte-americano "Fox News", o estudo concluiu que "após o declínio acentuado na satisfação e duração do sono nos primeiros meses após o parto, nem o sono das mães nem dos pais recupera totalmente os níveis pré-gravidez até aos seis anos após o nascimento do primeiro filho." Do mesmo modo, o sono de quem foi mãe e pai pela primeira vez foi mais afetado do que em pais com mais do que um filho.
De acordo com a investigação, tanto a satisfação como a duração do sono dos pais diminuiu consideravelmente após o parto, sendo que foi aos 3 meses de idade do bebé que se registaram os valores mais baixos. As mulheres foram mais "fortemente afetadas", estando ou não a amamentar.
Em média, as mulheres perderam uma hora de sono por noite comparativamente com o que dormiam antes da gravidez, enquanto que os homens perderam cerca de 15 minutos. Mesmo no período de quatro a seis meses após o parto, as mães dormem menos 20 minutos do aquilo que dormiam antes de engravidar, enquanto que os pais dormem menos 15 minutos.
Estes resultados parecem demonstrar a realidade "de que as mães ainda têm mais frequentemente o papel de cuidadoras primárias do que os pais”, disse Sakari Lemola, um dos autores do estudo, ao site norte-americano de informações de saúde "Healthline".
“Os efeitos a curto prazo do parto no sono parental são bem conhecidos. O nosso estudo apenas confirmou esses efeitos. No entanto, foi em grande parte inesperado encontrar uma diminuição da duração e da satisfação do sono seis anos depois do nascimento”, afirmou Sakari Lemola, ao "Healthline".
A investigação envolveu 4.659 pais que tiveram um filho entre 2008 e 2015 e tinha como objetivo perceber quais as alterações do sono de mães e pais, bem como qual a duração do sono entre a pré-gravidez, a gravidez e o período pós-parto até seis anos depois do nascimento do primeiro filho.