Será que está a dormir o tempo suficiente? Descansar durante a noite é essencial para o corpo e para a mente. No entanto, um estudo realizado pela Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pela Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (SPMT) revela que, em Portugal, 46% dos adultos com idade igual ou superior a 25 anos dorme menos de seis horas por dia.

O estudo revela ainda que 21% dos portugueses dizem que demoram mais de 30 minutos para adormecer, 32% consideram ter um mau sono e 40% reportam dificuldade em manter-se acordados durante a condução e outras atividades diárias. No âmbito do Dia Mundial do Sono, que se assinala a 15 de março, a SPP alerta para o facto de os portugueses não estarem devidamente informados sobre a importância do sono na saúde e qualidade de vida.

“Apesar da crescente divulgação sobre a importância do sono e das doenças relacionadas com o sono, a maioria dos portugueses mantém maus hábitos de higiene do sono e não lhe atribui a mesma importância do que a uma nutrição saudável ou a prática de exercício físico regular”, afirmam em comunicado, Susana Sousa e Sílvia Correia, representantes da comissão de trabalho.

Este ano, a comissão de trabalho da Patologia Respiratória do Sono dá continuidade à campanha “Põe o teu sono na agenda” (#põeoteusononaagenda), dentro da missão de promover um estilo de vida saudável – o que inclui o ensino sobre a importância do sono, divulgando as consequências da sua má higiene e privação de forma a alertar a população.

Estudo. Portugueses dormem poucas horas (e mal)

Desenvolvida em parceria com a Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, esta campanha tem como um dos seus principais objetivos estudar os hábitos de sono dos portugueses, tendo sido criado, para esse efeito, um questionário que esteve acessível online e onde se constatou que 46% dos inquiridos, numa amostra de 653 portugueses com idade igual ou superior a 25 anos, dormem seis horas ou menos por noite/dia.

Susana Sousa e Sílvia Correia explicam ainda que “a má higiene do sono afeta negativamente a qualidade de vida em termos de perda de memória, sonolência acentuada, défice de concentração, irritabilidade e alteração do humor. A sonolência associada a esta má higiene do sono aumenta o risco de acidentes de viação e de acidentes de trabalho. Se o número de horas de sono for inferior ou igual a cinco horas, o risco cardiovascular também aumenta”.

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Jorge Barroso Dias, presidente da SPMT, reforça ainda que “é necessário programar o tempo de sono suficiente antes do trabalho. Os jogos, televisão, internet e redes sociais também são dependências crescentes nos trabalhadores portugueses, com grande prejuízo das horas e qualidade de sono. Ir trabalhar com sonolência, além de não ser saudável, provoca erros, incompetência e mal-estar no trabalho”.

Perante esta realidade, este ano, a campanha é reforçada divulgando, junto dos portugueses, as conclusões do questionário elaborado — com o objetivo de destacar a mensagem da importância de um sono em quantidade e qualidade para uma vida saudável.

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