A depressão pós-parto é uma condição documentada, que afeta atualmente 10 a 20% das mulheres. Mas de acordo com uma investigação da Universidade de Kent, divulgada no início do mês de novembro, há uma maior probabilidade de sofrer desta situação se se for mãe de um bebé do sexo masculino.

Segundo o estudo, que teve uma amostra de 296 mulheres e foi liderado por Sarah Johns e Sarah Myers, as mulheres que dão à luz rapazes têm uma probabilidade maior em cerca de 79% de passar por uma depressão a seguir ao parto, em comparação com as mães de raparigas. Mais, as mulheres que passaram por complicações durante o parto também têm uma maior probabilidade (174%) de serem atingidas por esta patologia.

Depois de analisarem os dados, as investigadoras concluíram que, ao reconhecer que o nascimento de rapazes e as complicações durante o parto são fatores de risco para as depressões pós-parto, a comunidade médica deveria estar mais atenta a mulheres com estas características para prevenirem a doença.

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No entanto, o mesmo estudo chegou a uma conclusão curiosa: embora as mulheres que já apresentavam sintomas de depressão, ansiedade e stresse antes da gravidez sejam consideradas uma população de risco para as depressões pós-parto, estas têm menos probabilidades de desenvolver a patologia se passarem por complicações durante o parto.

Tal acontece porque estas mulheres, devido à sua condição psicológica mais frágil mesmo antes do nascimento dos filhos, que foi previamente reconhecida, são mais acompanhadas pelos médicos e familiares — o que só justifica ainda mais a importância de reconhecer fatores de risco como prevenção da depressão pós-parto.

"A depressão pós-parto é uma condição evitável, e já foi demonstrado que oferecer às mulheres uma ajuda e apoio extra pode reduzir as probabilidades da patologia se desenvolver", afirmou Sarah Johns ao site "Medical Express".