Cada noite mal dormida aumenta em cerca de 20% a probabilidade de estudantes virem a desenvolver sintomas de ansiedade e depressão. Foi esta a conclusão de um estudo apresentado na conferência anual da Associação Profissional do Sono, que recolheu testemunhos de 110 mil estudantes.
Segundo escreve o tabloide britânico "Daily Mail", citando a Reuters, Thea Ramsey, a investigadora responsável pelo estudo, revela que estes dados mostram como é importante apostar na educação para os benefícios do sono na luta contra as várias doenças mentais.
No entanto, Michael Grander, orientador de Ramsey, diz que a importância do sono já tinha sido documentada antes. "O nosso estudo é uma das maiores investigações capazes de mostrar como sucessivas noites mal dormidas podem levar a que vários estudantes universitários venham a desenvolver vários sintomas representativos de doenças mentais."
A investigação mostrou que por cada noite mal dormida, um estudante estava entre 19% a 29% mais suscetível de vir a desenvolver sintomas. A probabilidade de se sentir sozinho aumenta em 19%, enquanto a de sentir sintomas de ansiedade ou depressão ronda os 25%.
Os investigadores analisaram ainda 8.500 estudantes atletas e descobriram que os valores não divergiam após noites de sono mal dormidas.
"Esta é uma investigação muito importante já que as doenças mentais são comuns em pessoas desta idade. Da mesma forma, também um sono insuficiente é muito comum neste grupo", lê-se nas conclusões disponibilizadas pela investigação.
Ainda ao "Daily Mail", Raman Malhotra, professor universitário de Neurologia na Universidade de Medicina de Washington, nos Estados Unidos, revela que "esta investigação sugere que universidades e instituições de saúde deveriam esforçar-se para divulgar os benefícios que uma boa noite de sono tem, não só na saúde física mas também na saúde mental."