A Polícia de Segurança Pública (PSP) divulgou este domingo, 24 de novembro, em comunicado, os nove métodos diferentes de burla por telefone que mais têm sido utilizados para enganar a população.
"Foram identificados nove métodos diferentes, que têm sido os mais utilizados na concretização desta prática criminal, e que correspondem a burlas, única e exclusivamente, praticadas através de telefone", menciona a PSP, citada pelo "Correio da Manhã".
Esta força de autoridade deixa o alerta à população para não fornecer dados pessoais considerados intransmissíveis e suspeitar sempre de quaisquer solicitações que tenham urgência e que pressionem no sentido de um pagamento ou transferência imediatos.
Caso sejam contactados por um número desconhecido que esteja a identificar-se como familiar ou amigo, devem colocar-lhe questões às quais apenas o próprio saberia responder, de modo a verificar a identidade.
Os 9 métodos de burla mais comuns
- Burla "Olá pai, Olá mãe" - este é um dos métodos mais utilizados. É quando "o criminoso faz-se passar por familiar [normalmente filho], por mensagem via WhatsApp, solicita pagamento para arranjar o telemóvel partido, para comprar um novo ou simplesmente para pagar uma suposta despesa urgente";
- Burla de falso arrendamento - quando, perante um anúncio com um preço bastante mais atrativo do que o habitual no mercado, é solicitado à vítima o pagamento do "sinal" do aluguer fictício;
- Burla do MB Way - o pagamento por este sistema é muito utilizado em burlas desencadeadas após um anúncio na internet de venda de um artigo, no qual o burlão solicita que o pagamento seja efetuado por MB Way, dando ele próprio as instruções para o efeito e levando a vítima a fornecer os códigos de acesso ao levantamento num ATM da quantia estabelecida no negócio;
- Burla de oferta de emprego - é oferecido à vítima emprego ou trabalho numa empresa conceituada, com ordenado atraente, e pedida uma espécie de "sinal" para despesas variadas;
- Burla de falso empréstimo - quando o burlão pede a documentação da vítima e solicita também uma quantia de dinheiro para pagar taxas e concluir o processo;
- Burla da compra/venda de automóveis - quando o burlão coloca um anúncio em plataformas de compra e venda de viaturas 'online', a um preço bastante mais atrativo que o habitual no mercado, e pede dinheiro à vitima para o transporte do automóvel ou outras despesas;
- Burla da instituição credenciada - quando, através de um contacto telefónico, site falso, e-mail ou mensagem escrita, o criminoso se apresenta como funcionário de uma instituição credenciada [PSP, GNR, ASAE, PJ, AT], indicando que a vítima tem coimas ou outras pendências por regularizar;
- Burla do falso SMS de dívida - quando a vítima é alertada de que tem de efetuar o pagamento de um serviço sob pena de vê-lo cortado, sendo-lhe desde logo indicadas a referência e entidade;
- Burla do falso CEO - quando o burlão se faz passar por um responsável de uma empresa ou organização, solicitando a um funcionário dessa mesma empresa ou organização que faça um pagamento, que envie algum tipo de informação sensível ou que altere dados bancários.