Quando era miúda, o meu pai adorava contar-me histórias sobre os tempos em que viveu em Moçambique. Ao fim de uns anos já conhecia os enredos de cor, desde as suas personagens até aos pontos de maior tensão em cada uma das narrativas.

Há algum tempo que não me lembrava disto. Quando assisti ao primeiro pôr do sol na reserva ecológica Phinda, porém, as suas palavras tomaram-me de assalto. De repente, foi como se fosse transportada para o sofá cor de rosa cheio de flores que ainda hoje perdura na minha sala — felizmente já devidamente coberto por uma capa.

"Não há pôr do sol mais bonito do que o africano", dizia-me enquanto passava as mãos pelo meu cabelo. Tinhas razão, pai.

A convite da Huawei, a MAGG esteve na reserva Phinda, na província sul-africana de KwaZulu-Natal, África do Sul, para fazer um safari. Objetivo? Testar o novo Huawei P20 Pro com leões, zebras, girafas, rinocerontes, impalas e elefantes. Também vimos chitas, hipopótamos e leopardos, mas já lá vamos. Temos tudo registado em fotografia e vídeo.

Determinado em promover o renascimento da fotografia, o novo smartphone tem três câmaras, uma delas com 40 megapixeis, todas com tecnologia Leica e estabilizador ótico de imagem. Sem entrarmos em detalhes demasiado técnicos, ele é rápido, intuitivo e está cheio de apetrechos para quem percebe (e não percebe nada) do assunto.

Vamos falar sobre tudo isto. Mas com fotografias e vídeos, caso contrário nada disto faria sentido.

Modo fotografia

O Huawei P20 Pro é dotado de inteligência artificial. O que é que isto significa? Que pode tirar fotos ajustadas a cada tipo de cenário ou objeto sem mexer em nenhuma definição. O telemóvel faz tudo sozinho: reconhece o cenário e ajusta os parâmetros. Sim, é tão simples quanto isto.

Uma vez que não sou fotógrafa, praticamente não desliguei esta opção. E ela é fantástica: das plantas à comida, sem esquecer o céu ou o pôr do sol, a inteligência artificial facilita em muito o processo. O resultado final é simplesmente impressionante. As imagens são incríveis e parecem ter sido tiradas por um profissional.

Ainda assim, às vezes este modo exagera um bocadinho: enquanto enviava as minhas melhores fotos para Portugal, quase toda a gente me perguntava se tinha posto algum filtro. Não tinha. O smartphone tinha tratado das cores sozinho, às vezes puxando de forma demasiado intensa pelos verdes da vegetação ou pelo azul do céu.

Algumas imagens ficaram a parecer um pouco forçadas por causa disso mas, honestamente, o resultado final não vai muito além do que já fazemos no Instagram quando puxamos pelo contraste ou abusamos na saturação. Nunca senti que isso fosse um problema.

A minha única "queixa" — assim mesmo, entre aspas, porque a título pessoal isto nunca seria de facto um problema — vai para a forma como este modo retira definição à fotografia. Passo a explicar melhor: quanto mais o telemóvel interfere na imagem, maior é a probabilidade de a imagem perder qualidade. Isto é logo visível quando faço zoom.

Mas a solução existe: só precisa de desligar este modo e saltar para o pro. Aí é possível controlar tudo sozinho e garantir que a fotografia fica exatamente como quer. É a ferramenta perfeita para quem percebe de facto de fotografia. Para garantir a qualidade das fotos também pode optar pelos 40 megapixeis. Não utilizei muito esta opção porque me tirava a possibilidade de fazer zoom, mas com isto a qualidade da imagem é obviamente muito superior.

Modo grande abertura

Com muita pena minha, este foi o modo mais difícil de explorar num safari. Essencialmente o modo abertura permite obter fotografias com pouca profundidade de campo. Chinês? Basicamente permite focar num objeto e desfocar tudo o resto.

Nem sempre é fácil chegar lá — houve alturas em que bastou ajustar o foco e o efeito foi imediato, outras nunca consegui chegar à imagem que queria. Note-se porém que o ambiente de safari não é o mais adequado, uma vez que é recomendado para fotos até dois metros do objeto ou da pessoa. Felizmente ou infelizmente, às vezes os leões estavam um bocadinho mais longe do que isso.

Modo noite

"Agora já irá conseguir fotografias perfeitas à noite sem precisar de um tripé", diz a Huawei quando se refere ao modo noite do smartphone. "O Huawei P20 Pro usa a inteligência artificial para estabilizar a imagem e captar fotografias com excecional detalhe e nitidez."

Tirar fotos à noite é possivelmente uma das experiências mais difíceis para quem não percebe nada de fotografia. E efetivamente fiquei impressionada: mesmo em ambientes com pouca luz, o modo noturno permite tirar fotos com uma qualidade bastante simpática.

Modo retrato

Se alguma vez teve um Huawei na mão, ou conhece quem tenha um, já deve ter ouvido falar no nível beleza. Essencialmente, é uma opção do smartphone quando tirar selfies ou fotografias a pessoas, que permite automaticamente remover alguns imperfeições, como papos nos olhos ou rugas de expressão.

Este foi possivelmente o modo mais divertido de todos. Com a possibilidade de poder escolher o nível de beleza, tirei fotos com esta opção no mínimo e no máximo para ver as diferenças. Conclusão: a não ser que seja pela piada, o melhor é não exagerar — ou corre o risco de ser acusado de ter passado a foto pelo photoshop. Demasiado exagerado, em alguns casos as pessoas parecem quase feitas de cera.

Vídeo

Se já estava surpreendida com a qualidade da fotografia, tenho de admitir que fiquei igualmente boquiaberta com o vídeo. Depois de ouvir falar tanto nas fotos e em todos os seus modos, esperei ficar um pouco mais desiludida com as gravações em vídeo. Não foi o que aconteceu: mais uma vez com o modo inteligente ligado, o smartphone consegue ajustar-se ao cenário e puxar pelas melhores cores. Qualidade 4K, já agora. Mais incrível do que isto é impossível.

Num minuto, mostramos-lhe o que gravámos em vídeo.

Monocromático

Outro dos modos que gostei de testar durante esta viagem foi o monocromático. É incrível: a qualidade dos pretos e brancos e a forma como a câmara puxa pelas tonalidades e sombras deixou-nos com vontade de passar a ver o mundo assim.

Zoom

Se tivesse utilizado este telemóvel na cidade, provavelmente seriam poucas as vezes em que teria necessidade de usar um zoom. Num safari já não é bem assim: os animais são imprevisíveis, mas regra geral estão um bocadinho mais longe do que seria ideal para quem quer fotografá-los.

O smartphone consegue alcançar um zoom ótico 3x e híbrido 5x. Apesar de obviamente perder qualidade, sobretudo no híbrido 5x, na grande maioria das situações o telemóvel foi capaz de tirar fotos impressionantes.

E há mais mundo além da fotografia e do vídeo?

Claro que há. Mais uma vez não vou entrar em detalhes demasiado técnicos (isso fica para os especialistas em tecnologia) e foco-me naquilo que é essencial para o utilizador comum. Começo por aquele que é um dos principais problemas hoje em dia: a bateria.

Saudades dos tempos do Nokia 3310 que era capaz de aguentar durante dias a fio? Bem, não há milagres: com os smartphones isso não é possível. Ainda assim, a bateria do Huawei P20 Pro é bastante simpática com os seus 4000 mAh. Os dois modos de poupança de bateria (normal e ultra) são extremamente eficazes, mas a melhor parte é que isto vai ficando melhor com o tempo.

Uma vez que é dotado de inteligência artificial, com a utilização, o smartphone é capaz de poupar cada vez mais bateria. Isto acontece porque ele vai percebendo que funções é que utilizamos mais e menos, e ajustando a forma como consome a bateria. Outro aspeto positivo a realçar é a rapidez com que carrega a bateria ligado à tomada. É o chamado carregamento rápido, também conhecido como perfeição.

Outro lado bastante interessante no smartphone é a sua componente estética. Obviamente que é um telemóvel topo de gama, logo a imagem não poderia desiludir. Mas fiqui surpreendida com o tamanho (o ecrã tem 6,1 polegadas), a qualidade da imagem, resolução FullHD e traseira revestida a vidro. Mais elegante do que isto é impossível.

No que diz respeito ao desempenho também não fiquei desiludida: o smartphone é rápido, raramente bloqueia (devo ter tido problemas duas ou três vezes, no máximo, durante os seis dias de viagem) e tem de um modo geral um desempenho impressionante. A minha única crítica vai para a ausência de entrada de auriculares — é preciso usar um adaptador que vem com o telemóvel, uma vez que a marca assumiu, como outras antes dela, que hoje em dia já não faz sentido usar auriculares com fios. Bem, os meus ainda têm fios. E vou ficar mesmo chateada no dia em que me esquecer do adaptador.

O Huawei P20 Pro custa 899,99€.

O veredito final

O novo Huawei P20 Pro não substitui uma câmara fotográfica profissional — infelizmente a tecnologia ainda não evoluiu a esse ponto. Mas é absolutamente impressionante como um smartphone é capaz de chegar tão perto disso. Para profissionais e amadores, a qualidade fotográfica deste aparelho é de facto incrível, com variadíssimas opções de captação de imagem.

Às vezes tudo o que queremos é tirar uma fotografia inacreditável. Não digo apenas uma boa fotografia, digo uma que deixe toda a gente boquiaberta. Para quem não é especialista no assunto, isso só acontece num rasgo de sorte. Ou com um Huawei P20 Pro na mão.

A Huawei mostrou dados que provam como as suas três câmaras são as melhores que existem atualmente no mercado num smartphone. Não posso opinar sobre o assunto, uma vez que teria de colocar a Apple e a Samsung dentro desta equação. Mas posso garantir-vos que nunca fiquei tão surpreendida com um telefone como fiquei com este.

Vou mais longe. Sou fã assumida do iPhone. Há vários anos que compro smartphones da Apple, e achei que nunca na minha vida seria capaz de trocar um sistema iOS por Android. Chegou o dia. Quando cheguei a Portugal, o meu iPhone ficou arrumado dentro de uma gaveta. E é bem provável que nunca mais volte a ver a luz do dia — o Huawei P20 Pro fotografa-a melhor.

A MAGG viajou a convite da Huawei