Betty convive há demasiado tempo com uma realidade que mói. Ao longo da sua vida, a jovem mexicana, interpretada por Elyfer Torres, já foi despedida e já viu sabotadas as inúmeras tentativas de encontrar o amor. A explicação? O simples facto de ser feia. Ou, melhor dizendo, por não corresponder aos padrões de beleza de uma sociedade que, cada vez mais, exige e promove a perfeição.

E este o ponto de partida de "Betty, a Feia em Nova Iorque" que chega esta segunda-feira, 10 de agosto, à TVI. A novela latino-americana de 2019 serve como spin-off da produção original, de 1999, que chegou a ser adaptada para a realidade americana em 2006 com o título "Ugly Betty". É o formato escolhido pela estação de Queluz de Baixo para o horário que, anteriormente, era ocupado pelo "Extra" dedicado ao "Big Brother 2020".

Qualquer que seja a versão, a premissa é exatamente a mesma: uma jovem limitada pelas convenções sociais do seu tempo tenta superar-se e surpreender aqueles que a rodeiam, mostrando que as aparências não são o mais importante — num meio, geralmente o da moda, que vive do aspeto físico e do deslumbramento.

Cristina explica regresso à TVI: "Sabem quando não há mais nada a fazer porque o melhor já foi feito? É isso"
Cristina explica regresso à TVI: "Sabem quando não há mais nada a fazer porque o melhor já foi feito? É isso"
Ver artigo

Em "Betty, a Feia em Nova Iorque", é a rejeição constante que serve como catalisador principal para que esta jovem mexicana a viver nos Estados Unidos aceite um trabalho numa empresa de moda enquanto secretária pessoal do CEO. O objetivo? Desconstruir o preconceito estrutural e a discriminação hierárquica dentro do escritório.

É que é o próprio CEO da empresa, por exemplo, a queixar-se da "falta de beleza" da jovem quando descobre que esta foi contratada para substituir a sua antiga assistente. No entanto, a energia e a capacidade de entrega de Betty a qualquer tarefa que lhe seja encomendada são contagiantes. Assim como a sua falta de jeito, que depressa faz dela uma das trabalhadoras mais hilariantes e descontraídas da empresa que, inicialmente, a recebe com desdém.

"Betty, a Feia em Nova Iorque" vai começar a ser exibida a partir das 00h32 na TVI. Ainda que o spin-off surja adaptado a uma sociedade contemporânea, os problemas abordados na história são iguais àqueles que fizeram parte da série original de 1999.

Tem 123 episódios, cada um deles com cerca de 49 minutos cada, e chega a Portugal depois de ter sido transmitida no Brasil, no México e em Espanha. A novela está também inteiramente disponível no catálogo da Netflix.

[widget-youtube-url="https://www.youtube.com/watch?v=JxYw-7pr0UE&t=30s"/]