Na gala deste domingo, 12 de março, de "O Triângulo", em que Rosa Patrício foi expulsa pelo público e Afonso Vaz regressou à casa, foi exibido Portal do Tempo de Carolina Aranda, de 24 anos. A concorrente de Évora falou sobre a morte da mãe que teve cancro da mama duas vezes e uma relação passada com uma pessoa que decidiu afastar.

“O Triângulo”. Expulsão, regressos à casa e 5 nomeados. Saiba tudo sobre mais uma gala agitada
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Carolina Aranda começou por relembrar a sua infância “feliz”, uma altura em que “ainda estava tudo onde devia estar”, e as várias mudanças da sua vida, tendo estado em “sete ou oito casas diferentes”. Quanto ao seu pai, a concorrente que liderou o ranking de popularidade na segunda semana do reality show, disse que esteve esteve presente “à sua maneira”.

“O meu avô sempre foi, na minha opinião, o pilar da família. Podia não ser super afetuoso, mas fazia tudo por nós. Falo nos 11 anos, porque acho que foi realmente o ponto de viragem, não de uma forma muito positiva. Foi a altura em que o meu avô faleceu e isso depois também coincidiu com a minha avó ficar, de uma forma muito rápida e muito inesperada, com demência, Alzheimer. Acho que parte dela ou parte da alma dela foi com ele”, contou a concorrente de Évora, bastante emocionada, relembrando que foi “assustador”.

Carolina regressou, depois, a 2017, quando tinha 18 anos, uma “altura marcante” para si, com a entrada na universidade e quando a mãe foi “diagnosticada com o primeiro cancro de mama”. “Lembro-me que parecia que ia desmaiar, foi assim um choque para mim. É uma altura de que eu me arrependo, porque acho que podia ter dado muito mais apoio e não sei até que ponto isso não teve alguma influência no que se passou agora”, disse emocionada.

“Ela mesmo doente, depois de uma cirurgia, em quimioterapia e em radioterapia, continuava a cuidar da minha avó. E então custa-me, porque acho que podia ter feito muito mais e não fiz”, contou, acrescentando que a avó teve “um AVC no final de 2019”, acabando por morrer. “Foi uma dor gigante, mas eu sei que ela foi em paz e pelo menos deixou de sofrer. Achei que tudo ia ficar bem”, disse. Contudo, não foi o que aconteceu.

A mãe de Carolina apercebeu-se que tinha “uma saliência no pescoço” e foi operada, tendo sido diagnosticada em “setembro ou agosto de 2021” com uma “recidiva do cancro da mama”. “Ela sabia a gravidade, mas acreditava muito”, garantiu.

“No verão de 2022, no ano passado,[a mãe] começou com um grande inchaço abdominal, mas deixamos arrastar. Foi às urgências uma noite e eu fui buscá-la. E eu, nessa noite, e isto é uma coisa que me faz alguma confusão, tive algum tipo de pressentimento, porque quis ir deitar-me para a cama dela e não fui. E isso custa-me e não sei porque é que não fui”, contou.

“Ela apareceu na porta do meu quarto e disse-me ‘Carolina, vou chamar a ambulância, porque não me estou a sentir nada bem’”, disse, acrescentado que o irmão também teve um “feeling” e veio para Portugal e que, quando conseguiu falar com a médica responsável, “o mundo desabou” e ficou “sem chão”. “Já não há nada a fazer”, disse-lhe a médica, acabando a mãe por morrer.

“Não há palavras que expliquem o que se sente. É perderes uma confidente, perder tudo. É perder a casa sem ser uma casa física. É perder a pessoa que representa o que é uma casa para nós e é muito difícil não ter para onde voltar”, desabafou Carolina Aranda.

A concorrente de Évora falou, ainda, de uma pessoa que a “marcou muito”. “Eu ensinei-o a amar e ele ensinou-me a amar. Fui eu que lhe disse que talvez precisasse de algum tempo para mim após o falecimento da minha mãe. Em vez de ter simplesmente aceitado o apoio dele, afastei-o e obviamente que ele depois também se afastou”, contou.

Carolina mudou-se para Lisboa e afirma estar “feliz” e, no futuro, gostava de estar “muito bem profissionalmente” e pensar que “tudo aconteceu por um motivo”. Em conversa com Cristina Ferreira depois de assistir ao seu Portal do Tempo, afirma que a sua entrada no reality show é um “recomeço” e “uma das formas” de avançar com a sua vida.