"DAHMER Monstro: A História de Jeffrey Dahmer" chegou na passada quarta-feira (21 de setembro) à Netflix e já está a deixar muita gente desconfortável. A série, que contém cenas gráficas de canibalismo e desmembramento, é baseada em factos verídicos, retratando a história do serial killer Jeffrey Dahmer. O norte-americano matou 17 homens e adolescentes, entre 1978 a 1991.
O papel é interpretado por Evan Peters, que já habituou o público a este tipo de personagens depois de entrar em algumas temporadas de "American Horror Story". Num vídeo disponibilizado pela Netflix, o ator relata que leu "testemunhos da polícia, biografias" e que viu "entrevistas em áudio no Youtube" para se preparar para esta personagem.
"Foi uma das coisas mais difíceis que tive de fazer na minha vida porque eu quis ser muito autêntico, mas ao mesmo tempo tinha de ir a sítios muito negros e ficar lá durante um certo período de tempo", afirma Evan Peters no vídeo. "É também importante respeitar as vítimas e os familiares destas", acrescenta ainda.
Evan Peters, de 35 anos, tem sido protagonista de momentos controversos na vida real. Viveu uma relação conturbada com a também atriz Emma Roberts e, ao longo de seis anos, foram episódios de violência entre os dois, testemunhados por alguns atores da série "American Horror Story". As agressões mútuas levaram ao fim da relação.
Série inspirada em crimes reais
Nascido em 1960 em Milwaukee, no estado do Wisconsin, Jeffrey Dahmer cresceu no seio de uma família endogenamente desestruturada. Os pais, Lionel e Joyce, passavam a vida a discutir, fazendo com que o filho passasse muito tempo sozinho. Nesses momentos solitários, e incentivado pelo pai, o futuro serial killer dissecava animais mortos. A partir da adolescência, o jovem percebeu que era homossexual. Tornou-se alcoólico, não conseguindo, por isso disso, manter-se na faculdade nem no exército.
O seu modus operandi consistia na abordagem das vítimas em bares ou nas ruas, oferecendo dinheiro em troca de sessões fotográficas. Depois de as levar para o seu apartamento, Jeffrey Dahmer sedava-as e estrangulava-as. Praticava necrofilia e desmembrava os cadáveres, guardando certos pedaços. Por vezes, acabava por comer alguns órgãos das vítimas.
Jeffrey foi detido em 1991, aos 31 anos, graças à denúncia de uma das vítimas, Tracy, que conseguiu fugir do assassino e implorar à polícia para fazer buscas ao apartamento de Dahmer. Foi detido no local, sendo condenado a 16 prisões perpétuas. A 28 de novembro de 1994 foi morto por um recluso.
Veja o trailer
Testemunho de familiar de uma das vítimas torna-se viral
Rita Isbell, irmã de Errol Lindsey uma das vítimas de Dahmer, testemunhou em tribunal em 1992. A cena foi recriada na série da Netflix, mostrando semelhanças impressionantes entre a ficção e a realidade. “O meu nome é Rita Isbell e sou a irmã mais velha de Errol Lindsey [uma das vítimas]. Seja qual for o seu nome é Satanás”, disse Isbell na sentença de Dahmer.
“É assim que você age quando está fora de controle. Eu não quero ver a minha mãe ter que passar por isso novamente. Nunca Jeffrey. Jeffrey. Eu odeio-te". Isbell perdeu o controlo, sendo agarrada pelos seguranças que estavam presentes no tribunal.
O vídeo ganhou tração graças à estreia da série da Netflix e tornou-se viral nas redes sociais.